CONSELHOS DO PAPA FRANCISCO.: "O MATRIMÔNIO É PARA SEMPRE SE NÃO O CRÊ NÃO SE CASE!"


Papa Francisco: a Igreja pede o apoio dos santos no sacramento do matrimônio. O casamento é para sempre e sempre



O casamento é para sempre e isso é algo que todos devemos levar em consideração, especialmente aqueles de nós que dizem viver sua fé com devoção. O casamento é um pilar fundamental da sociedade e se ele declinar (especialmente os valores), o mesmo acontecerá com a sociedade em geral. No casamento, os cônjuges devem dar 100%, tudo por tudo, além de ter amor, deve-se demonstrar respeito, tolerância, escuta generosa, encorajando-se mutuamente nas dificuldades. . Eles devem saber que Deus criou o casamento para sempre e, como tal, devem concebê-lo a partir dessa visão divina. 

Em sua reflexão, o Papa Francisco afirmou: "Você tem que viver uma vida de casado para sempre, e não como aqueles que dizem: enquanto durar o amor. Não, é para sempre, se não vai ser assim, é melhor que você não se case..." 

 Esta mensagem fazia parte do que o Papa Francisco expressou em 21 de junho durante sua audiência geral de quarta-feira. O Papa Francisco andou em seu papamóvel, parando no caminho para cumprimentar os peregrinos e beijar os bebês presentes. Um menino despediu-se casualmente do Papa enquanto era devolvido aos pais. 

O casamento é para sempre. 

Dirigindo-se a cerca de 12.000 peregrinos na Praça de São Pedro, o Papa Francisco acrescentou: “Pensamos que é algo difícil, que é mais fácil ser criminoso do que santo, mas podemos ser santos porque o Senhor é quem nos ajuda a alcançar a santidade”. Em sua palestra, o Papa Francisco refletiu sobre a intercessão dos santos no sacramento do matrimônio, que são irmãos e irmãs mais velhos que seguiram nosso mesmo caminho, vivenciaram nossas mesmas lutas e viveram para sempre no abraço de Deus e que também intercedem por nós no matrimônio . casamento é para sempre

Os santos são irmãos.

 A sua existência mostra-nos que a vida cristã não é um ideal inalcançável, e juntas elas confortam-nos: Não estamos sozinhos, a Igreja é constituída por inúmeros irmãos e irmãs, muitas vezes anónimos, que nos precederam e que, por ação do Espírito Santo, se envolvem nas realidades dos que ainda aqui vivem. 

Papa Francisco: Santos e casamento

Assim como a sua intercessão é invocada no Baptismo, a Igreja pede o apoio dos santos no sacramento do matrimónio, para que os casais tenham a coragem de dizer «para todo o sempre». Você tem que viver uma vida de casado para sempre, e não como aqueles que dizem: enquanto durar o amor. Não, é para sempre, se não vai ser assim, é melhor não casar, é para sempre ou nada, por isso é invocada a sua presença na liturgia nupcial.

Deus nunca nos abandona

A vida dos santos serviu de lembrete de que Deus nunca nos abandona e nos momentos de prova e sofrimento envia os seus anjos para nos encher de consolação. Há anjos que se apresentam com rosto e coração humanos, porque os santos de Deus estão sempre aqui, escondidos entre nós. Outro sacramento em que os santos são invocados é a Ordem Sagrada, em que os candidatos ao sacerdócio se prostram no chão enquanto o bispo e toda a assembléia recitam a ladainha dos santos. Um homem seria esmagado sob o peso da missão que lhe foi confiada, mas sentindo que todo o paraíso ficou para trás, que a graça de Deus não falhará porque Jesus é sempre fiel, ele pode seguir em frente com serenidade e se refrescar. Não estamos sozinhos. 

O mundo precisa de esperança

O Papa Francisco disse aos peregrinos que os cristãos precisam dos santos que viveram suas vidas aspirando à caridade e à fraternidade, porque sem eles o mundo não teria esperança. Que o Senhor nos dê a graça de acreditar tão profundamente nele que nos tornemos imagens de Cristo para este mundo. Use os dons e talentos que Deus nos deu Antes da audiência geral, o Papa Francisco se reuniu com membros do Hall da Fama do Futebol, incluindo o proprietário do Dallas Cowboys, Jerry Jones, que será introduzido na prestigiosa associação em 5 de agosto: Como muitos de vocês sabem, sou um ávido fã de futebol, mas de onde venho, o jogo é jogado de forma muito diferente

Use os dons e talentos que Deus nos deu

Antes da audiência geral, o Papa Francisco se reuniu com membros do Hall da Fama do Futebol, incluindo o proprietário do Dallas Cowboys, Jerry Jones, que será introduzido na prestigiosa associação em 5 de agosto: Como muitos de vocês sabem, sou um ávido fã de futebol, mas de onde venho, o jogo é jogado de forma muito diferente. Os valores do trabalho em equipe, do jogo limpo e da busca pela excelência pessoal não são importantes apenas dentro de campo, mas são urgentemente necessários fora dele, em todos os níveis de nossa vida como comunidade. Nosso mundo, e especialmente nossos jovens, precisam de modelos, pessoas que nos mostrem como extrair o melhor de nós mesmos, usar nossos dons e talentos dados por Deus e, ao fazê-lo, apontar o caminho para um futuro melhor para todos. nossas comunidades. 

Tradução do Texto Blogger Cavalheiro de Cristo Blospot
Fonte do Texto Original em Espanhol.:https://www.pildorasdefe.net/noticias/papa-francisco-el-matrimonio-es-para-siempre-si-no-crees-mejor-no-te-cases

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DISCURSO DO PAPA FRANCISCO
AOS NOIVOS QUE SE PREPARAM PARA O MATRIMÔNIO


1ª Pergunta: O medo do «para sempre»

Santidade, hoje em dia numerosas pessoas pensam que prometer a fidelidade um ao outro para a vida inteira constitui um empreendimento demasiado difícil; muitos sentem que o desafio de viver juntos para sempre é bonito e até fascinante, mas demasiado exigente, praticamente impossível. Pedir-lhe-íamos uma palavra para nos iluminar a este propósito.

Agradeço-vos o testemunho e também a pergunta. Explico-vos: eles enviaram-me as perguntas antecipadamente. Compreende-se. E deste modo eu pude meditar e pensar sobre uma resposta um pouco mais sólida.

É importante interrogar-se se é possível amar-se «para sempre». Trata-se de uma pergunta que temos o dever de formular: é possível amar-se «para sempre»? Hoje em dia, muitas pessoas têm medo de fazer escolhas definitivas. Certo dia um jovem disse ao seu bispo: «Eu quero tornar-me sacerdote, mas somente por dez anos!». Ele tinha medo de uma escolha definitiva. Mas trata-se de um medo geral, próprio da nossa cultura. Parece impossível fazer escolhas para a vida inteira. Hoje tudo muda rapidamente, nada dura no tempo. E esta mentalidade leva muitas pessoas que se preparam para o matrimônio a afirmar: «permaneçamos juntos, enquanto o amor durar»; e depois? Muitas saudações e até à vista! E assim termina o matrimónio. Mas o que entendemos por «amor»? Apenas um sentimento, uma condição psicofísica? Sem dúvida, se for assim, não será possível construir sobre ele algo de sólido. Ao contrário, se o amor for uma relação, então será uma realidade que cresce, e como exemplo até podemos dizer que se constrói como uma casa. E a casa constrói-se juntos, não sozinhos! Aqui, construir significa favorecer e ajudar o crescimento. Estimados noivos, vós estais a preparar-vos para crescer juntos, para construir esta casa, para viver juntos para sempre. E não desejais alicerçá-la sobre a areia dos sentimentos que vão e voltam, mas sobre a rocha do amor autêntico, do amor que provém de Deus. A família nasce deste desígnio de amor, que quer crescer como se constrói uma casa que se torne um lugar de carinho, de ajuda, de esperança e de apoio. Do mesmo modo como o amor de Deus é estável e para sempre, assim também no caso do amor que funda a família, desejamos que ele seja estável e para sempre. Por favor, não devemos deixar-nos dominar pela «cultura do provisório»! Esta cultura que hoje invade todos nós, esta cultura do provisório. Não pode ser assim!

Portanto, como se cura este medo do «para sempre»? Cura-se dia após dia, confiando-se ao Senhor Jesus numa vida que se torna um caminho espiritual quotidiano, feito de passos, de pequenos passos, de passos de crescimento comum, feito de compromisso a tornarmo-nos mulheres e homens maduros na fé. Porque, queridos noivos, o «para sempre» não é apenas um problema de duração! Um matrimónio não é bem sucedido unicamente quando dura, mas é importante a sua qualidade. Estar juntos e saber amar-se para sempre, eis no que consiste o desafio dos esposos cristãos. Vem ao meu pensamento o milagre da multiplicação dos pães: também para vós, o Senhor pode multiplicar o vosso amor e conceder-vo-lo vigoroso e bom todos os dias. Ele possui uma reserva infinita de amor! E oferece-vos o amor que está no fundamento da vossa união, enquanto o renova todos os dias, fortalecendo-o. Além disso, torna-o ainda maior quando a família cresce com os filhos. Neste caminho é importante, é sempre necessária a oração. Ele por ela, ela por ele, e ambos juntos. Pedi a Jesus que multiplique o vosso amor. Na oração do Pai-Nosso, nós dizemos: «O pão nosso de cada dia nos dai hoje». Os cônjuges podem aprender a rezar com estas palavras: «Senhor, o amor nosso de cada dia nos dai hoje», porque o amor quotidiano dos esposos é o pão, o verdadeiro pão da alma, o pão que os sustenta a fim de que possam ir em frente. E a oração: podemos fazer a prova para saber se sabemos recitá-la? «Senhor, o amor nosso de cada dia nos dai hoje». Todos juntos! [noivos: «Senhor, o amor nosso de cada dia nos dai hoje»]. Mais uma vez! [noivos: «Senhor, o amor nosso de cada dia nos dai hoje»]. Esta é a prece dos namorados e dos esposos. Ensinai-nos a amar-nos, a querer o bem um do outro! Quanto mais vos confiardes a Ele, tanto mais o vosso amor será «para sempre», ou seja, capaz de se renovar, superando assim todas as dificuldades. Era precisamente isto que eu vos queria dizer, respondendo à vossa pergunta. Obrigado!

2ª Pergunta: Viver juntos: o «estilo» da vida matrimonial

Santidade, viver juntos todos os dias é bom, enche de alegria e ampara. No entanto, constitui um desafio que deve ser enfrentado. Cremos que é necessário aprender a amar-nos. Existe um «estilo» da vida de casal, uma espiritualidade da vida quotidiana que gostaríamos de aprender. Santo Padre, pode ajudar-nos nisto?

Viver juntos é uma arte, um caminho paciente, bonito e fascinante. Ele não termina quando vos conquistastes um ao outro... Pelo contrário, é precisamente neste momento que ele tem início! Este caminho de cada dia possui regras que podem ser resumidas naquelas três palavras que tu disseste, palavras que eu já dirigi inúmeras vezes às famílias, e que vós já podeis aprender a utilizar entre vós: com licença, ou seja, «posso», como tu dissestes, e desculpa.

«Posso, com licença?»

É o pedido amável para poder entrar na vida de outra pessoa, com respeito e atenção. É necessário aprender a pedir: posso fazer isto? É do teu agrado, se fizermos assim, que tomemos esta iniciativa, que eduquemos os nossos filhos desta maneira? Gostarias de sair comigo esta noite?... Em síntese, pedir licença significa saber entrar com amabilidade na vida dos outros. Contudo, ouvi bem isto: saber entrar com amabilidade na vida dos outros. E não é fácil, isto não é fácil. Por vezes, recorremos a maneiras um pouco pesadas, como determinadas botas de montanha! O amor autêntico não se impõe com aspereza nem com agressividade. Nas chamadas Florinhas de são Francisco encontra-se a seguinte expressão: «Deves saber que a cortesia é uma das propriedades de Deus... e a cortesia é irmã da caridade, a qual extingue o ódio e conserva o amor!» (Cap. 37). Sim, a amabilidade conserva o amor. E hoje, no seio das nossas famílias, no nosso mundo muitas vezes violento e arrogante, há necessidade de muito mais amabilidade. E isto pode começar a partir de casa.

«Obrigado!»

Parece fácil pronunciar esta palavra, mas sabemos que não é assim. No entanto, ela é importante! Nós ensinamo-la às crianças, mas depois nós mesmos a esquecemos! A gratidão é um sentimento importante: recordai-vos do Evangelho de Lucas? Certa vez, uma senhora idosa disse-me em Buenos Aires: «A gratidão é uma flor que cresce em terra nobre!». É necessária a nobreza da alma para que esta flor possa crescer. Recordais-vos do Evangelho de Lucas? Jesus cura dez doentes de lepra, e em seguida só um deles volta atrás para agradecer a Jesus. E o Senhor diz-lhe: e onde estão os outros nove? Isto é válido também para nós: sabemos agradecer? Nos nossos relacionamentos, e amanhã na nossa vida matrimonial, é importante manter viva a consciência de que a outra pessoa constitui uma dádiva de Deus, e aos dons de Deus é necessário dizer obrigado! Devemos sempre dar graças por eles. E nesta atitude interior é preciso dizer obrigado um ao outro, por todas as coisas. Não se trata de uma palavra amável para ser utilizada com os estranhos, para sermos educados. É necessário saber dizer obrigado um ao outro, para poder caminhar em frente, bem e juntos, na vida matrimonial.

A terceira palavra: «Desculpa».

 Na vida cometemos numerosos erros, enganamo-nos muitas vezes. E isto acontece com todos nós. Mas aqui está porventura presente alguém que nunca cometeu um erro? Se houver alguém assim, que levante a mão: uma pessoa que nunca cometeu erros? Todos nós os cometemos. Todos! Talvez não passe nem sequer um só dia sem que os cometamos. A Bíblia recorda que a pessoa mais justa comete sete pecados por dia. Por isso, todos nós cometemos erros... Eis, então, por que motivo é necessário utilizar esta palavra tão simples: «desculpa». Em geral, cada um de nós está pronto para acusar o nosso próximo, justificando-nos assim a nós mesmos. Isto teve início a partir do nosso pai Adão, quando Deus lhe perguntou: «Adão, comeste por acaso daquele fruto?». «Eu? Não! Foi ela quem me deu!». Acusar o outro para não dizer «desculpa», «perdão». Trata-se de uma história antiga! É um instinto que se encontra na origem de muitas calamidades. Aprendamos a reconhecer os nossos erros e a pedir desculpa. «Desculpa, se hoje levantei a minha voz»; «desculpa, se passei sem cumprimentar»; «desculpa, se cheguei atrasado», «desculpa, se esta semana estive tão silencioso», «desculpa, se falei demais, sem nunca escutar»; «desculpa, se me esqueci»; «desculpa, se eu estava com raiva e te tratei mal». Cada dia podemos pedir muitas vezes «desculpa». É também deste modo que uma família cristã prospera. Todos nós sabemos que não existe uma família perfeita, ou um marido perfeito, ou uma esposa perfeita. Nem sequer falemos de uma sogra perfeita... Existimos nós, pecadores. Jesus, que nos conhece bem, ensina-nos um segredo: nunca devemos terminar o dia sem pedir perdão, sem que a paz volte ao nosso lar, à nossa família. É normal que os esposos discutam, há sempre algo sobre o que discutir. Talvez tenhais discutido entre vós, talvez tenha voado um prato, mas por favor, recordai-vos disto: nunca termineis o dia sem fazer as pazes! Nunca, nunca, nunca! Este é um segredo, um segredo para conservar o amor e fazer as pazes. Não é necessário fazer um bonito discurso. Por vezes é suficiente um simples gesto... e a paz volta a instaurar-se. Nunca deixeis que termine o dia... pois se tu permitires que termine o dia sem que as pazes se restabeleçam, aquilo que tens dentro de ti, no dia seguinte, será frio e empedernido, e assim será mais difícil fazer as pazes. Recordai bem: nunca termineis o dia sem fazer as pazes! Se aprendermos a pedir desculpa e a perdoar-nos reciprocamente, o matrimônio durará e irá em frente. Quando vêm às audiências ou às Santas Missas aqui em Santa Marta, casais idosos, que celebram as bodas de ouro, eu pergunto-lhes: «Quem suportou quem?». E isto é bonito! Todos olham uns para os outros, depois olham para mim e dizem-me: «Ambos!». E isto é bonito! Trata-se de um bonito testemunho!

3 ª Pergunta: O estilo da celebração do Matrimônio:

Santidade, ao longo destes meses estamos a fazer muitos preparativos para as nossas núpcias. Pode dar-nos alguns conselhos para celebrar bem o nosso casamento?

Fazei com que se trate de uma festa verdadeira — porque o matrimônio é uma festa — uma festa cristã, e não uma festa mundana! O motivo mais profundo da alegria daquele dia é-nos indicado pelo Evangelho de João: recordai-vos do milagre das bodas de Caná? Numa certa altura veio a faltar vinho, e a festa parece estragada. Imaginai se tivessem que terminar a festa a beber chá! Não, não pode ser! Sem vinho não há festa! Por sugestão de Maria, naquele momento Jesus revela-se pela primeira vez e realiza um sinal: transforma a água em vinho e, agindo assim, salva a festa nupcial. O que aconteceu em Caná há dois mil anos acontece na realidade em cada festa de casamento: aquilo que tornará completo e profundamente verdadeiro o vosso matrimônio será a presença do Senhor, que se revela e concede a sua graça. É a sua presença que oferece o «vinho bom», Ele é o segredo da alegria completa, do júbilo que aquece verdadeiramente o nosso coração. Disto se vê a presença de Jesus naquela festa. Que seja uma festa bonita, mas com Jesus! Não com o espírito do mundo, não! E sente-se quando o Senhor está presente!

Mas ao mesmo tempo, é bom que o vosso matrimônio seja sóbrio e permita salientar aquilo que é verdadeiramente importante. Algumas pessoas estão mais preocupadas com os sinais exteriores, com o banquete, com as fotografias, com as roupas e com as flores... Trata-se de elementos importantes numa festa, mas somente se forem capazes de indicar o motivo autêntico da vossa alegria: a bênção do Senhor sobre o vosso amor! Fazei com que, como no caso do vinho das bodas de Caná, os sinais exteriores da vossa festa revelem a presença do Senhor e vos recordem, tanto a vós como a todos os presentes, a origem e o motivo da vossa alegria.

No entanto, há algo do que tu disseste que desejo frisar imediatamente, porque não quero deixar passar. O matrimônio é também um trabalho para realizar em cada dia, poderia dizer um trabalho artesanal, uma obra de ourivesaria, uma vez que o marido tem a tarefa de fazer com a sua esposa seja mais mulher, e a esposa tem o dever de fazer que com que o marido seja mais homem. É preciso crescer também em humanidade, como homem e como mulher. É isto que deveis fazer entre vós. E isto chama-se crescer juntos. Isto não provém do ar! É o Senhor que o abençoa, mas deriva das vossas mãos, das vossas atitudes, do vosso estilo de vida, do modo como vos amais um ao outro. Deveis fazer-vos crescer um ao outro! Fazer com que o outro prospere sempre. Trabalhar para isto. E assim, sei lá, penso em ti que um dia caminharás pela rua da tua cidade e as pessoas dirão: «Mas olha como é bonita aquela mulher, como é exemplar! ...». «Com o marido que tem, compreende-se!». E também a ti: «Olha como ele é!». «Com a esposa que tem, compreende-se!». É isto, é preciso chegar a isto: fazer crescer um ao outro. E os filhos receberão esta herança de ter tido um pai e uma mãe que cresceram juntos, fazendo-se — reciprocamente — mais homem e mais mulher!


Praça de São Pedro
Sexta-feira 14 de Fevereiro de 2014

Fonte do Texto Original:  https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2014/february/documents/papa-francesco_20140214_incontro-fidanzati.html


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 Papa Francisco aos noivos: "Não queimem etapas antes do matrimônio! ”

Uma catequese para que especialmente os jovens e adolescentes compreendam a importância do namoro e do noivado e sua missão. Este foi o tema dirigido pelo Papa Francisco hoje, na Praça de São Pedro, na qual explicou que “o namoro é um percurso de vida que deve amadurecer, como a fruta. É um caminho de amadurecimento no amor até que se torne matrimônio, com etapas que não devem ser ‘queimadas’ porque o processo de amadurecimento deve ser feito passo a passo”.

Com motivo da Audiência Geral na Praça de São Pedro, o Pontífice dirigiu-se nesta quarta-feira a uma multidão de peregrinos provenientes de diversas partes do mundo, entre eles muitos jovens que escutaram atentos suas palavras.

“O noivado está relacionado com a confiança, a familiaridade, a confiabilidade”, disse ao iniciar a catequese. O Pontífice explicou também que “se trata de uma confiança com a vocação dada por Deus, porque o matrimônio é, antes de tudo, a descoberta de um chamado divino. ”

O Santo Padre afirmou: “Certamente, é belo que hoje os jovens possam escolher se casar na base de um amor recíproco. Mas justamente a liberdade da relação requer uma consciente harmonia da decisão, não somente uma simples compreensão da atração ou do sentimento, de um momento, de um tempo breve… Requer um caminho”.

Nesse sentido, explicou: “O noivado é o tempo no qual os dois estão chamados a realizar um belo trabalho sobre o amor, um trabalho partícipe e compartilhado, que vai em profundidade. Aos poucos, o homem aprende o que é a mulher, aprendendo esta mulher concreta; e a mulher aprende o que é o homem, aprendendo este homem concreto”.

À continuação, o Papa Francisco alertou: “Não subestimemos a importância desta aprendizagem: é um belo compromisso, pois o noivado não é somente uma felicidade descomprometida ou uma emoção encantada”.

Recordando como Deus criou o homem, assegurou o Papa, “não foi uma decisão improvisada, é um ‘belo trabalho’, pois o amor de Deus criou as condições concretas de uma aliança irrevogável, sólida, destinada a perdurar”.

Portanto, “a aliança de amor entre o homem e a mulher para toda a vida não se improvisa, não se faz de um dia para outro, não existe o ‘matrimônio express’: é preciso trabalhar, caminhar. A aliança aprende-se e aperfeiçoa-se. É uma aliança artesanal. Fazer de duas vidas uma só vida é também um milagre da liberdade e do coração, confiado à fé”, explicou o Pontífice.

“Devemos trabalhar mais sobre este tema porque nossos ‘sentimentos’ estão um pouco confundidos”.

Quem quer tudo e tudo de uma vez, afirmou o Papa Francisco, também cede imediatamente diante da primeira dificuldade ou ocasião. “Não há esperança para a confiança e a fidelidade do dom de si se prevalece o hábito de consumir o amor como uma espécie de ‘integrador’ do bem-estar psicofísico. Isso não é amor! Muito pelo contrário, pois “o noivado põe à prova a vontade de guardar algo que nunca deverá ser comprado ou vendido, atraiçoado ou abandonado por mais atraente que possa ser a oferta. ”

“Não devemos esquecer que Deus, quando fala da aliança com seu povo, menciona algumas vezes o termo ‘noivado’ “, recorda o Santo Padre.

Nesse sentido, aconselhou os jovens a lerem uma obra-prima da literatura italiana, “Os noivos”, do escritor Alessandro Manzoni. “É necessário que os jovens o conheçam, que o leiam; este livro relata a história dos noivos que sofrem com rapidez muita dor, encontram muitas dificuldades até chegar ao final, ao matrimônio”, reiterou o Pontífice.

O Papa Francisco também recordou: “A Igreja tem a missão de cuidar a diferença entre ser noivos e ser esposos, especialmente em relação a delicadeza e profundidade desta avaliação”. Deste modo devemos estar atentos para não desprezar com um coração ligeiro este sábio ensinamento, que se alimenta também da experiência do amor conjugal felizmente vivido. Os símbolos fortes do corpo conservam as chaves da alma: não podemos tratar os vínculos da carne com ligeireza, sem abrir ferida alguma duradoura no espírito”.

O Pontífice advertiu ainda que a cultura e a sociedade atual se tornaram indiferentes à delicadeza e “ seriedade deste passo. “Não podemos dizer que sejam generosos jovens que têm sérias intenções de formar uma família e ter filhos. Pois, frequentemente colocam mil obstáculos, mentais e práticos”.

A propósito, o Santo Padre falou dos Cursos de Preparação para o casamento: “Muitos casais acreditam ser inúteis, mas depois ficam agradecidos porque, com efeito, encontraram ali a ocasião – muitas vezes única – para refletir sobre sua experiência em termos não banais”.

“Sim, muitos casais estão juntos há muito tempo, possivelmente também na intimidade, às vezes convivendo, mas não se conhecem profundamente. Parece estranho, mas a experiência demonstra que é verdade. Por isso, revaloriza-se o noivado como tempo de conhecimento recíproco e de um projeto em comum”.

“O caminho de preparação para o matrimônio vem configurado nesta perspectiva, valendo-se também do testemunho simples, mas intenso de cônjuges cristãos. E recordou que na Bíblia o casal pode redescobrir momentos fundamentais para a vida de um católico, como a oração, os sacramentos,

a Confissão, através da qual o Senhor busca viver nos noivos e os prepara para acolher-se realmente um ao outro 'com a graça de Cristo'; e a fraternidade com os pobres, com os necessitados, que nos chamam à sobriedade e a partilhar”, explicou o Papa Francisco na sua catequese de hoje.

O Papa, antes de concluir a sua catequese, convidou os casais a dizerem um ao outro “te farei minha esposa, te receberei como esposo’ e esperar esse momento, pois é um percurso que deve ser percorrido lentamente, mas é um percurso de maturação. As etapas do caminho não devem ser queimadas. A maturação deve ser feita assim, passo a passo”.

 “O período do noivado pode se tornar realmente um tempo de iniciação à surpresa dos dons espirituais com os quais o Senhor, através da Igreja, enriquece o horizonte da nova família que se dispõe a viver na sua bênção”, disse antes de rezar à Sagrada Família de Nazaré pelos noivos.

Logo, ao saudar os peregrinos de língua italiana enviou “um pensamento especial aos jovens, doentes e esposos recém-casados”.

“Ontem celebramos a memória de São Felipe Neri, de quem celebramos o quinto centenário de seu nascimento. Que sua preocupação pelo oratório estimule a cada um de vocês, queridos jovens, a darem testemunho alegre de fé em sua vida; queridos doentes, que seu abandono em Cristo Salvador os sustente nos momentos de maior angústia e que seu apostolado nas periferias os convide, queridos recém-casados, a sustentar os mais fracos e necessitados de suas famílias”, concluiu o Pontífice.

Etiquetas: matrimôniocastidadeNoivadoPapa Francisco

Fonte ACI Digital.: https://www.acidigital.com/noticias/papa-francisco-aos-noivos-nao-queimem-etapas-antes-do-matrimonio-41580


Livros Espirituais Sobre Casamento:



























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