A CURIOSA HISTÓRIA DO NAMORO E DOS CASAMENTOS NO SÉCULO 19
Dos encontros furtivos às traições, conheça alguns fatos inusitados sobre os périplos amorosos de meados de 1800
Hoje, o casamento na igreja tem geralmente noiva de branco, mas nem sempre foi assim. O vestido branco significa a pureza da noiva, sua virgindade. No Brasil colonial essa questão importava apenas para as noivas da elite, que além da virgindade levavam como dote terras e escravos para o noivo.
Nas grandes famílias patriarcais a “honra imaculada” da mulher era prezada porque garantia que o patrimônio não seria dividido entre filhos legítimos e ilegítimos, toda a riqueza iria só para os filhos que tivesse com o marido.
Entre as demais camadas da população, era diferente. Homens e mulheres viviam juntos, amigados ou amancebados, antes mesmo de casar. Viver junto antes do casamento equivalia, na linguagem da época, aos chamados “desponsórios de futuro”, isto é, uma união tendo em mente um futuro casamento.
Porém, como não existiam anticoncepcionais eficientes, acabavam tendo muitos filhos. Para alguns homens, engravidar a companheira era importante, pois permitia avaliar se ela lhe daria muitos filhos ou não. Como a maioria vivia nas roças e campos, os filhos ajudavam na lavoura, porque os pais não tinham condições de ter escravos.
Se eventualmente não se importavam com a virgindade, os homens ligavam muito para a fidelidade da companheira. Quando se sentiam traídos era comum ameaçar e espancar suas mulheres. Mas elas davam o troco.
Abandonadas, não hesitavam em tentar envenená-los, ou pediam ajuda aos irmãos e parentes para aplicar-lhes uma boa surra. Não eram poucas as mulheres que se entregavam aos noivos esperando com isso casar mais rápido. Porém, às vezes grávidas, elas eram abandonadas. Vingativas e furiosas, iam se queixar para o bispo. Vem daí a expressão: “Vá queixar-se ao bispo!”
Havia punições rigorosas para os homens que engravidassem as moças à força. Eles eram obrigados a casar ou a indenizar a “virgindade perdida”. Casos inversos também eram comuns: aproveitando-se de jovens ricos, moças pobres provocavam a gravidez para arrancar-lhes uma boa soma de dinheiro que lhes permitisse, mais tarde, casar com quem quisessem.
Namorava-se nas praças, nas praias, nas roças, nos terrenos baldios e nos quintais das casas. Também as igrejas eram visadas para namorar. No meio de tanta gente, dava para trocar beliscões e pisadelas no pé da moça. Esses gestos tinham o mesmo efeito que o beijo de hoje: deixavam os amantes mais apaixonados!
As igrejas eram escuras, iluminadas apenas com a luz de velas, com chance para namoros mais avançados. Como hoje, as juras de amor e o hábito de dar e receber presentes faziam parte do namoro. Os presentes iam de tecidos caros, que quase não existiam no Brasil, fitas de veludo e chamalote até utensílios domésticos e frutas.
Podiam ser corações de ouro, brincos de coral, coifas de tecido, para os mais ricos. E laranjas e palmitos entre os mais pobres. O importante era trocar a “dádiva amorosa”. Um antigo manual dos namorados publicado no século 19 recomendava:
O primeiro cuidado do cavalheiro ao simpatizar com uma senhorinha é não tentar fitá-la. Um olhar insistente compromete a dita senhorinha aos olhos paternos e pode provocar a atenção dos maldizentes... Se, por um revés da sorte, houver oposição, deve discretamente se afastar ou transmitir seus respeitosos sentimentos à gentil eleita. Não deve afrontá-la com bilhetes em termos que maculem a sua paz, quiçá vexatórios para a sua modéstia e candidez."
As moças que desejassem muito se casar, mas encontravam dificuldades para tanto, costumavam rezar para os “santos casamenteiros”, como São Gonçalo e Santo Antônio. Nos casos de decepção amorosa, por exemplo, algumas moças mais desesperadas chegavam a esconder o Menino Jesus que o santo traz nos braços, até que ele lhes restituísse o namorado fujão.
A Igreja Católica não só permitia como defendia o direito dos escravos de se casarem, inclusive com pessoas livres. Os senhores mais ricos casavam seus escravos no mesmo dia em que batizavam as crianças nascidas no engenho. Assim, chamava-se um padre que realizava as duas cerimônias e depois havia uma “função”, uma festa ao som de batuques, violas e atabaques.
Alguns escravos endividavam-se com os senhores para oferecer uma festa pelo casamento de seus filhos. Depois trabalhavam dobrado para pagar a dívida. A defesa do direito dos escravos de casar e levar uma vida conjugal como qualquer pessoa era uma das prioridades da Igreja, que colocava a necessidade do casamento acima de tudo.
Entre os ciganos de cidades como o Rio de Janeiro, onde atuavam como comerciantes de escravos, os noivos, após a cerimônia religiosa, seguiam para a casa dos pais da noiva onde iam receber a bênção. Aí, a noiva recebia uma camisola coberta de bordados. Ela tinha que exibir, pela manhã, marcas de sangue comprovando sua virgindade.
Sabe-se também que as pessoas tinham várias crenças em relação ao dia do casamento. Não se devia casar em dia de Sant’Ana, pois a noiva podia morrer de parto. Durante a manhã que antecedia o casamento a noiva não podia ajudar na cozinha matando e preparando animais, nem sair de casa, exceto para ir à igreja, sem olhar para trás no caminho. Ao voltar para casa depois da cerimônia, o casal era recebido com foguetório e cantos de alegria. Uma grande comilança encerrava as bodas.
Por Mary Del Priore, Doutora em história social com pós-doutorado na École des Hautes Études en Sciences Sociales, vencedora do Prêmio Jabuti e autora de ‘Histórias Íntimas – Sexualidade e Erotismo na História do Brasil’.
CADÊ VOCÊ JOSÉ? AONDE ESTÁ VOCÊ MARIA?
Eu quero um amor que me faça livre do jeito que sou, quero um amor que me faça cafuné, me faça chá com torradas nos dias chuvosos e assista filmes de terror mesmo sabendo que morro de medo. Eu quero um amor que encha o meu whatsapp de mensagens sem nexo e sem noção, quero um amor que me surpreenda com coisas simples e pequenas, talvez com um buquê de flores ou até mesmo me levando cocada – meu doce favorito. Quero um amor que dance comigo mesmo sem musica, dance hip hop, sertanejo, valsa, salsa, pagode, sendo ou não nosso gosto musical favorito, mas quero que momentos como esses se eternizem na memória.
Quero um amor que ria de todas as minhas piadas sem graças; ria porque ele sabe que elas são sem graça. Quero um amor que assista High School Musical comigo e me elogie falando que eu sou a Gabriela. Quero um amor que brinque comigo, puxe meu cabelo, me belisque, me empurre, faça lutinhas e me mostre que essas são pequenas demonstrações de atenção em mim. Quero um amor que tenha um abraço-casa, que independente de tudo eu sei que nesse abraço eu irei encontrar o abraço de Pai.
Quero um amor que seja real e clichê ao mesmo tempo, algo pratico, intenso, simples e leve que mesmo sem intenção me leva para mais perto de Cristo. Quero um amor que me ajude esconder dos perigos, mas também abra os meus olhos para o crescimento, enfrentando comigo tudo aquilo que é incerto. Quero um amor que acelere o meu coração com seu sorriso, um amor que faça as pupilas dos meus olhos se dilatarem, um amor que faça a minha barriga doar de tanto rir. Quero que conheça minhas manias esquisitas, medos absurdos, sonhos gigantescos. Não me recrimine por sonhar tanto, mas o faz comigo e inclusive me faz pirar com projetos ainda maiores que os meus. Não o quero perfeito, pois a única perfeição se encontra no céu. Não o quero prender, nem ditar regras. Quero que tudo aconteça de forma espontânea e inesperada.
Quero um amor que reze todos os dias o terço comigo, quero que ele segure minha mão na hora da oração pós comunhão me mostrando assim que estamos juntos nessa. Quero que juntos possamos levar Jesus a quem precisa, quero ser testemunho para os desamparados e esperança para os perdidos. Quero um amor que converse comigo sobre as historias dos santos, me contando as curiosidades e mistérios da fé. Quero um amor que tenha comigo o principal sonho que é a santidade, vacilando, caindo, aos prantos, mas sem desistir combateremos juntos o bom combate. Quero um amor que tenha um carinho grande por Nossa Senhora e leve no coração gratidão por Seus cuidados. Quero que Cristo se orgulhe de nós e que principalmente Ele seja o centro de tudo. Sem viver nossa vontade, mas vivendo aquilo que Deus sonhou, quero tudo seja regado no jardim do Sagrado Coração. Com os pés no chão, mas o coração cravado no céu quero assim junto desse amor desconhecido, conhecer Aquele que é O maior de todos os amores.
Fonte do texto.: https://web.facebook.com/profile.php?id=100064506287447
Hoje, o casamento na igreja tem geralmente noiva de branco, mas nem sempre foi assim. O vestido branco significa a pureza da noiva, sua virgindade. No Brasil colonial essa questão importava apenas para as noivas da elite, que além da virgindade levavam como dote terras e escravos para o noivo.
Nas grandes famílias patriarcais a “honra imaculada” da mulher era prezada porque garantia que o patrimônio não seria dividido entre filhos legítimos e ilegítimos, toda a riqueza iria só para os filhos que tivesse com o marido.
Entre as demais camadas da população, era diferente. Homens e mulheres viviam juntos, amigados ou amancebados, antes mesmo de casar. Viver junto antes do casamento equivalia, na linguagem da época, aos chamados “desponsórios de futuro”, isto é, uma união tendo em mente um futuro casamento.
Porém, como não existiam anticoncepcionais eficientes, acabavam tendo muitos filhos. Para alguns homens, engravidar a companheira era importante, pois permitia avaliar se ela lhe daria muitos filhos ou não. Como a maioria vivia nas roças e campos, os filhos ajudavam na lavoura, porque os pais não tinham condições de ter escravos.
Se eventualmente não se importavam com a virgindade, os homens ligavam muito para a fidelidade da companheira. Quando se sentiam traídos era comum ameaçar e espancar suas mulheres. Mas elas davam o troco.
Abandonadas, não hesitavam em tentar envenená-los, ou pediam ajuda aos irmãos e parentes para aplicar-lhes uma boa surra. Não eram poucas as mulheres que se entregavam aos noivos esperando com isso casar mais rápido. Porém, às vezes grávidas, elas eram abandonadas. Vingativas e furiosas, iam se queixar para o bispo. Vem daí a expressão: “Vá queixar-se ao bispo!”
Havia punições rigorosas para os homens que engravidassem as moças à força. Eles eram obrigados a casar ou a indenizar a “virgindade perdida”. Casos inversos também eram comuns: aproveitando-se de jovens ricos, moças pobres provocavam a gravidez para arrancar-lhes uma boa soma de dinheiro que lhes permitisse, mais tarde, casar com quem quisessem.
Namorava-se nas praças, nas praias, nas roças, nos terrenos baldios e nos quintais das casas. Também as igrejas eram visadas para namorar. No meio de tanta gente, dava para trocar beliscões e pisadelas no pé da moça. Esses gestos tinham o mesmo efeito que o beijo de hoje: deixavam os amantes mais apaixonados!
As igrejas eram escuras, iluminadas apenas com a luz de velas, com chance para namoros mais avançados. Como hoje, as juras de amor e o hábito de dar e receber presentes faziam parte do namoro. Os presentes iam de tecidos caros, que quase não existiam no Brasil, fitas de veludo e chamalote até utensílios domésticos e frutas.
Podiam ser corações de ouro, brincos de coral, coifas de tecido, para os mais ricos. E laranjas e palmitos entre os mais pobres. O importante era trocar a “dádiva amorosa”. Um antigo manual dos namorados publicado no século 19 recomendava:
O primeiro cuidado do cavalheiro ao simpatizar com uma senhorinha é não tentar fitá-la. Um olhar insistente compromete a dita senhorinha aos olhos paternos e pode provocar a atenção dos maldizentes... Se, por um revés da sorte, houver oposição, deve discretamente se afastar ou transmitir seus respeitosos sentimentos à gentil eleita. Não deve afrontá-la com bilhetes em termos que maculem a sua paz, quiçá vexatórios para a sua modéstia e candidez."
As moças que desejassem muito se casar, mas encontravam dificuldades para tanto, costumavam rezar para os “santos casamenteiros”, como São Gonçalo e Santo Antônio. Nos casos de decepção amorosa, por exemplo, algumas moças mais desesperadas chegavam a esconder o Menino Jesus que o santo traz nos braços, até que ele lhes restituísse o namorado fujão.
A Igreja Católica não só permitia como defendia o direito dos escravos de se casarem, inclusive com pessoas livres. Os senhores mais ricos casavam seus escravos no mesmo dia em que batizavam as crianças nascidas no engenho. Assim, chamava-se um padre que realizava as duas cerimônias e depois havia uma “função”, uma festa ao som de batuques, violas e atabaques.
Alguns escravos endividavam-se com os senhores para oferecer uma festa pelo casamento de seus filhos. Depois trabalhavam dobrado para pagar a dívida. A defesa do direito dos escravos de casar e levar uma vida conjugal como qualquer pessoa era uma das prioridades da Igreja, que colocava a necessidade do casamento acima de tudo.
Entre os ciganos de cidades como o Rio de Janeiro, onde atuavam como comerciantes de escravos, os noivos, após a cerimônia religiosa, seguiam para a casa dos pais da noiva onde iam receber a bênção. Aí, a noiva recebia uma camisola coberta de bordados. Ela tinha que exibir, pela manhã, marcas de sangue comprovando sua virgindade.
Sabe-se também que as pessoas tinham várias crenças em relação ao dia do casamento. Não se devia casar em dia de Sant’Ana, pois a noiva podia morrer de parto. Durante a manhã que antecedia o casamento a noiva não podia ajudar na cozinha matando e preparando animais, nem sair de casa, exceto para ir à igreja, sem olhar para trás no caminho. Ao voltar para casa depois da cerimônia, o casal era recebido com foguetório e cantos de alegria. Uma grande comilança encerrava as bodas.
Por Mary Del Priore, Doutora em história social com pós-doutorado na École des Hautes Études en Sciences Sociales, vencedora do Prêmio Jabuti e autora de ‘Histórias Íntimas – Sexualidade e Erotismo na História do Brasil’.
Fonte do texto: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/curiosa-historia-do-namoro-e-dos-casamentos-no-seculo-19.phtml
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CADÊ VOCÊ JOSÉ? AONDE ESTÁ VOCÊ MARIA?
Esse é um texto sobre um amor. Um amor que está concretizado no coração de Deus, mas que eu ainda não conheci aqui na terra. Esse é um texto sobre sonhos que muitos já tiveram antes de dormir. Esse é um texto que fala sobre um amor entre duas pessoas.
Eu quero um amor que me faça livre do jeito que sou, quero um amor que me faça cafuné, me faça chá com torradas nos dias chuvosos e assista filmes de terror mesmo sabendo que morro de medo. Eu quero um amor que encha o meu whatsapp de mensagens sem nexo e sem noção, quero um amor que me surpreenda com coisas simples e pequenas, talvez com um buquê de flores ou até mesmo me levando cocada – meu doce favorito. Quero um amor que dance comigo mesmo sem musica, dance hip hop, sertanejo, valsa, salsa, pagode, sendo ou não nosso gosto musical favorito, mas quero que momentos como esses se eternizem na memória.
Quero um amor que ria de todas as minhas piadas sem graças; ria porque ele sabe que elas são sem graça. Quero um amor que assista High School Musical comigo e me elogie falando que eu sou a Gabriela. Quero um amor que brinque comigo, puxe meu cabelo, me belisque, me empurre, faça lutinhas e me mostre que essas são pequenas demonstrações de atenção em mim. Quero um amor que tenha um abraço-casa, que independente de tudo eu sei que nesse abraço eu irei encontrar o abraço de Pai.
Quero um amor que seja real e clichê ao mesmo tempo, algo pratico, intenso, simples e leve que mesmo sem intenção me leva para mais perto de Cristo. Quero um amor que me ajude esconder dos perigos, mas também abra os meus olhos para o crescimento, enfrentando comigo tudo aquilo que é incerto. Quero um amor que acelere o meu coração com seu sorriso, um amor que faça as pupilas dos meus olhos se dilatarem, um amor que faça a minha barriga doar de tanto rir. Quero que conheça minhas manias esquisitas, medos absurdos, sonhos gigantescos. Não me recrimine por sonhar tanto, mas o faz comigo e inclusive me faz pirar com projetos ainda maiores que os meus. Não o quero perfeito, pois a única perfeição se encontra no céu. Não o quero prender, nem ditar regras. Quero que tudo aconteça de forma espontânea e inesperada.
Quero um amor que reze todos os dias o terço comigo, quero que ele segure minha mão na hora da oração pós comunhão me mostrando assim que estamos juntos nessa. Quero que juntos possamos levar Jesus a quem precisa, quero ser testemunho para os desamparados e esperança para os perdidos. Quero um amor que converse comigo sobre as historias dos santos, me contando as curiosidades e mistérios da fé. Quero um amor que tenha comigo o principal sonho que é a santidade, vacilando, caindo, aos prantos, mas sem desistir combateremos juntos o bom combate. Quero um amor que tenha um carinho grande por Nossa Senhora e leve no coração gratidão por Seus cuidados. Quero que Cristo se orgulhe de nós e que principalmente Ele seja o centro de tudo. Sem viver nossa vontade, mas vivendo aquilo que Deus sonhou, quero tudo seja regado no jardim do Sagrado Coração. Com os pés no chão, mas o coração cravado no céu quero assim junto desse amor desconhecido, conhecer Aquele que é O maior de todos os amores.
Fonte do texto.: https://web.facebook.com/profile.php?id=100064506287447
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