FORMAÇÃO " DO OLHAR MISERICORDIOSO DE CRISTO NA CONFISSÃO"
O Sacramento da Penitência (confissão) é uma das expressões mais sublimes da misericórdia de Deus. Nele, o pecador encontra o olhar compassivo de Cristo, que não condena, mas que acolhe e chama à conversão, cura as feridas e restitui a dignidade de filho amado de Deus. Assim, o confessionário é o trono da misericórdia. Não é um tribunal de condenação, mas de absolvição e ressurreição, pois à alma estava morta e voltou à vida; estava em guerra contra si mesmo, e encontrou a paz. O Catecismo da Igreja Católica nos recorda:
“Os que se aproximam do sacramento da Penitência (confissão) obtêm da misericórdia de Deus o perdão da ofensa feita a Ele e, ao mesmo tempo, são reconciliados com a Igreja” (CIC, 1422).
Na confissão, Jesus nos olha com misericórdia, como o Bom Pastor que encontra a ovelha perdida, como o Pai que corre ao encontro do filho pródigo. Não há pecado tão grande que não possa ser perdoado, desde que haja arrependimento sincero.
Santo Agostinho, ele mesmo convertido após uma vida de desordem, compreendeu profundamente a ternura divina diante do pecador arrependido:
“Deus que te criou sem ti, não te salvará sem ti” (Sermão 169, 11).
Aqui se expressa a misteriosa cooperação da liberdade humana com a graça: o pecador precisa abrir o coração no arrependimento para receber o perdão. Em São João Maria Vianney, o Cura d’Ars, cujo ministério foi marcado por longas horas no confessionário, dizia:
“O bom Deus sabe tudo. Antes mesmo que o confessemos, Ele já sabe que pecamos; contudo, Ele espera que nos confessemos para podermos ser perdoados” (Catecismo sobre a Confissão).
E São Padre Pio de Pietrelcina, que também passou a vida reconduzindo almas a Cristo, insistia:
“O tribunal da penitência (confissão) é um tribunal de misericórdia, no qual nunca se pronuncia uma sentença de condenação, mas sempre de perdão” (Epistolário, vol. III).
Quando o penitente se ajoelha diante do sacerdote, é o próprio Cristo que o recebe com ternura. O olhar de Jesus não é de acusação, mas de amor regenerador, como aconteceu com Pedro após sua negação:
“O Senhor, voltando-se, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra que o Senhor lhe havia dito... E saindo, chorou amargamente” (Lc 22,61-62).
Esse olhar misericordioso é o mesmo que encontramos no confessionário: não um olhar que humilha, mas que levanta; não que rejeita, mas que abraça e acolhe; não que destrói, mas que dá vida.
São Tomás de Aquino resumiu de modo luminoso:
“A confissão dos pecados é necessária porque leva o homem à humildade, à obediência e à satisfação, abrindo o coração à graça de Deus” (Suma Teológica, Supl., q. 7, a. 1).
Portanto, aproximemo-nos com confiança do Sacramento da Reconciliação. Ali Cristo nos espera, não com severidade, mas com a doçura de quem nos diz:
“Coragem! Eu perdoo-te. Vai em paz e não peques mais” (cf. Jo 8,11).
Então, vamos sempre à confissão:
"Provai e vede como o Senhor é bom" (Salmo 33, 9)
E as almas dos fiéis defuntos pela misericórdia de Deus descansem em paz!
℣. Dai-lhes Senhor, o descanso eterno.
℟. E a luz perpétua os ilumine.
Descansem em paz. Amém.
℣. Senhor, escutai a minha oração,
℟. E chegue até vós o meu clamor.
"Para Cristo,
por Maria e José,
em súplicas pelas
almas do purgatório."🙏🏼
† Jesus e Maria eu vos amo, salvai almas!
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