CATEQUESE: PORQUE SER MADRE OU FREIRA? NÃO É MELHOR CASAR E FORMAR FAMÍLIA?

CATEQUESE: POR QUE SER MADRE OU FREIRA? NÃO É MELHOR CASAR E FORMAR FAMÍLIA?
“Vem e segue-me” (Mt 19, 21)

(Leia até ao fim e partilha com os outros; o saber não ocupa lugar)

1. Por que ser Madre ou Freira? Não é melhor casar e formar família?
“A vocação cristã deve ser entendida como apelo à liberdade da autotranscendência do amor teocêntrico” (M. Rulla). A vocação é acção de Deus no homem, a exemplo de Abraão, Samuel e Jeremias.  É Deus que vem ao encontro do homem, para com ele estabelecer uma relação de amor. A vocação tem sempre uma voz que chama (Deus) e uma voz que responde (o homem). Com efeito, “Se alguém disser que o estado conjugal deve ser preferido ao estado de virgindade ou celibato, e que não é melhor e mais valioso permanecer na virgindade ou celibato do que unir-se em matrimônio: seja anátema” (C. Trento). A família Trinitária Pai, Filho e Espírito Santo, fonte de amor, quiseram compartilhar com o género humano este amor. Deus chama-nos à vida e à santidade. Que a nossa preocupação não seja simplesmente de ser padre, freira, madre ou casado (a). Mas, de sermos cristãos e “buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça” (Mt 6, 33). Os padres conciliares, no Sagrado Concílio do Vaticano II, afirmaram que, “a Santa Igreja, por instituição divina, é organizada e governada com uma variedade admirável. «Assim como num mesmo corpo temos muitos membros, e nem todos têm a mesma função, assim, sendo muitos, formamos um só corpo em Cristo, sendo membros uns dos outros» (Rom. 12, 4-5). Um só é, pois, o Povo de Deus: «um só Senhor, uma só fé, um só Baptismo (Ef. 4, 5)” (LG 32). Todos os estilos de vida na Igreja, Matrimónio, Sacerdócio, Religiosas e Leigos; tem como norma suprema o seguimento de Cristo, ou seja, a imitação a configuração com Cristo Cabeça da Igreja. Deste estilo de vida, nenhum é melhor que o outro. Mas, a vida sacerdotal tem uma preferência.
Por outro lado, sempre nos deparamos com esta pergunta, ou outras semelhantes: viste o quê para ires ao convento, ao seminário? Tiveste uma decepção? Nossa, mas você é tão  jovem, bonita, por que ser Freira ? Como se só os menos bonitos (porque não há pessoas feias) é que servem para a vida religiosa. A cruz sempre será um escândalo para o mundo. Jesus foi claro, “nem todos são capazes de compreender o sentido desta palavra, mas somente aqueles a que quem foi dado.” (Mt 19, 11). Disse o Papa João Paulo II “a vida consagrada anuncia e de certo modo antecipa o tempo futuro, quando, alcançada a plenitude daquele Reino dos Céus que agora está presente apenas em gérmen e no mistério, os filhos da ressurreição não tomarão esposa nem marido, mas serão como anjos de Deus (cf. Mt 22, 30)”

2. Freira, Irmã e Madre é a mesma coisa?

Há uma pequena diferença. A freira, a irmã e a madre, pertencem a uma congregação ou ordem religiosa, e professam os votos de castidade, pobreza e obediência. Vivem uma vida fraterna em comunidade, dedicam-se à oração e ao serviço aos irmãos, de acordo com o carisma e a missão de cada congregação ou instituto religioso. A pequena diferença que há é que, “Madre”, do latim mater, em português significa “mãe”. Madre é o título dado à irmã religiosa coordenadora, ou superiora de uma comunidade de irmãs. A quem diga que Madre é uma irmã de votos perpétuos, sobre isto não estou seguro, vou procurar saber o que diz a Igreja.

3. Ser Madre ou Freira é um Sacramento?

Não, ser madre ou freira não é um sacramento. É um voto religioso, ou seja, é uma consagração a Deus. São chamadas por Deus à prática dos conselhos evangélicos (castidade, pobreza e obediência) e fielmente os professam, consagram-se de modo particular ao Senhor, seguindo Cristo, virgem, pobre e obediente.

4. O que é o Sacramento da Ordem?

“A Ordem é o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo aos Apóstolos continua a ser exercida na Igreja, até ao fim dos tempos: é, portanto, o sacramento do ministério apostólico. E compreende três graus: o episcopado, o presbiterado e o diaconado.” (CIC. 1536.)

5. Por que não conferir o sacramento da ordem as mulheres? Não será isto um machismo?

Não se trata de machismo. Ninguém, nem mesmo o Papa está acima da Divina Revelação, ou seja, o Papa não pode alterar aquilo que foi o quer de Cristo. Se assim for, será um herege.  Em 1995, o Papa João Paulo II afirmou que segundo a Sagrada Escritura e a Tradição da Igreja, em relação ao sacramento da Ordem, nem Jesus Cristo nem algum sucessor de Apóstolo conferiu a ordenação sacerdotal a mulheres, tanto entre os cristãos ocidentais como entre os orientais. Eis o que disse o Papa João Paulo II: “Para que seja excluída qualquer dúvida em assunto da máxima importância, que pertence à própria constituição da Igreja divina, em virtude do meu ministério de confirmar os irmãos (cf. Lc 22, 32), declaro que a Igreja não tem absolutamente a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que esta sentença deve ser considerada como definitiva por todos os fiéis da Igreja”.

GRAÇA E PAZ

Atentamente, Paulo Viana!
https://www.facebook.com/pedropaulo.viana.9

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