RESUMO DA HISTÓRIA DE RUTE

O livro de Rute


A principal finalidade do livro é transmitir uma história edificante referente às origens da família de Davi. Este teve entre os seus antepassados uma moabita, isto é, um membro de um povo que por séculos se mostrou hostil a Israel (cf. Gn 19,30-37; 2 Rs 3,4-27); o livro, portanto, se opõe a um nacionalismo exagerado que sempre marcou os filhos de Israel; ensina a universalidade da salvação preparada por Deus para todos os homens (cf. Rt2,12), fazendo parelha assim com o livro de Jonas, que é outra obra prima do universalismo da salvação. Mateus, ao descrever a genealogia de Jesus, filho de Davi, fez questão de mencionar Rute entre os antepassados do Messias (cf. Mt 1,5), para significar que este não é filho apenas de israelitas, mas tem sangue de não israelitas e, por conseguinte, é o Salvador não só dos judeus, mas de todos os homens.

Notemos a delicadeza dos personagens que entram no enredo: Elimelec, para salvar da fome a família, refugia-se em terra estrangeira (Rt 1,1); Noemi, esquecendo seus interesses, preocupa-se com o futuro das noras (1,8¬13); Rute, para acompanhar a sogra, resolve abandonar a própria família, a pátria e a religião (1,14-18); Booz está disposto a cumprir a lei do levirato, ama Rute, mas quer, antes do mais, respeitar o direito de um parente mais próximo (4,1-6).

A narração é de grande valor literário; está marcada por quadros antitéticos: a tristeza do começo (1,1-5) e a grande alegria do fim (4,11-17); a instabilidade de Orpa (1,14) e a fidelidade de Rute (1,14-17); o egoísmo do próximo parente (3,12; 4,4-6) e a magnanimidade de Booz (4,9). Noemi é o símbolo da solicitude; Rute, o da docilidade; e Booz, o da dedicação à família.

Quanto à historicidade do livro, observemos:

Os nomes dos personagens são, em parte, simbólicos:

Maalon significa enfermidade;
Quelion, aniquilamento;
Orpa, aquela que volta as costas;
Noemi, minha doçura ou minha graciosa;
Rute, amiga ou companheira.
Isto leva alguns estudiosos a crer que se trata de personagens imaginários, não históricos. Todavia é preciso reconhecer que estes significados não são absolutamente certos; além disto, entre os semitas os nomes próprios têm quase sempre valor simbólico.

Em favor da historicidade do livro, pode-se citar, entre outras coisas, o fato de que Davi, perseguido, pediu asilo ao rei de Moab em favor de seus genitores (cf. 1Sm 22,3). Isto leva a supor especial relacionamento de Davi com os moabitas. Em 1 Cr 2,12-15, Booz é apresentado como bisavô de Davi, noticia esta que se pode derivar de uma tradição independente do livro de Rute. É muito pouco provável que um autor posterior tenha imaginado uma mulher moabita entre os antepassados de Davi, pois havia hostilidade entre judeus e moabitas e a figura de Davi seria desvalorizada por tal parentesco. Donde se depreende que o livro de Rute se refere a verdadeiros fatos históricos.

Dom Estêvão Bettencourt O.S.B.

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Fonte Via Página Venerável Fulton Sheen.: https://www.facebook.com/lucian.pianor.9

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