NEM TUDO QUE BRILHA É OURO, NEM TODO MONGE, MENSAGEIRO OU PROFETA, PODE SER CONSIDERADO SANTO:

 SÃO JOÃO MARIA OU MONGE MARIA:

"Monge,"João Maria "fez algumas profecias a 108 anos atrás : "chegará um tempo que ninguém saberá quando será inverno e nem verão". Na época as mulheres usavam vestidos, o monge previu que "as mulheres farão uso da vestimenta dos homens". (Calças). "hoje as mulheres correm dos homens, no futuro os homens que correrão das mulheres". O monge , previu que "Filhos e filhas não obedecerão seus pais, haverá filhos contra os pais e pais contra filhos. Haverá uma águia de aço carregando gente" (avião). "Haverá um burro preto carregando gente" (carro). quando esse burro se perder muita gente perderá a sua vida. "O feijão irá se acabar, haverá só enlatado". "Um gafanhoto de aço roncador destruirá as florestas". (Motosserra). "Uma cobra preta cruzará toda a região e engolirá muita gente, por ela só caminhará pés de borracha". (Rodovias asfaltadas). E previu ainda que "os terrenos serão cercados como teias de aranhas". (Cercas de arames ou telas de aço). Naquele tempo ele profetizou: "Chegará um tempo que haverá muitos pastos e poucos rastros". (Muitas fazendas e pouco gado)


MONGE JOÃO MARIA EM CAMPO ERÊ. (Guerra do Contestado Entre Paraná e Santa Catarina, 1912-1916)

A
dificuldade do povo leva-os em busca do sobrenatural. O planalto catarinense vivia uma crise profunda no final do século XIX, os pobres eram acometidos por pestes, fome e desesperança. Neste contexto aparecem os três monges: João Maria, João Maria de Jesus e José Maria de Jesus.

Sendo parecidos entre si, pregavam contra a república, catástrofes que assolariam o povo e o fim do mundo, davam remédios à base de ervas, benziam, batizavam e faziam todos os tipos de milagres ao povo miserável do planalto. O segundo monge João Maria de Jesus percorreu o planalto e rumou para o oeste de Santa Catarina, sempre fazendo milagres e aumentando sua fama sendo considerado Santo por seus devotos.

Acredita-se que ele tenha atravessado a fronteira e entrado na Argentina e se dirigido ao Paraguai. O mito do Santo fica impregnado na memória do povo, principalmente porque algumas de suas predições se cumpriram, refiro-me a Guerra do Contestado.

Em 1911, aparece outro monge dizendo chamar-se José Maria de Jesus e que era primo de João Maria de Jesus. Mas, na verdade se chamava Miguel Lucena de Boaventura. Alguns historiadores afirmam que o terceiro monge era na verdade um desertor da polícia do Paraná. Esse é o monge que foi um dos protagonistas da terrível Guerra do Contestado (1912-1916), José Maria conseguiu arregimentar grande quantidade de caboclos, em sua maioria prejudicados pela atuação de empresas do grupo do empresário Percival Farquar  (Brazil Raiway Company) que construiu a estrada de ferro Rio Grande – São Paulo.O monge João Maria ruma para o sudoeste do Paraná, agora com o status de Santo, chega a Palmas, Clevelêndia, o ano era 1904 e sua caminhada rumava para a Argentina. São João Maria andava devagar, sempre trabalhando com seu público composto por miseráveis que em sua maioria eram explorados ,abandonados, enfermos que não tinham nenhum recurso. Os milagres do Santo aconteciam diariamente, por onde ele passava ficava sua fama de “santo “andarilho. Do sudoeste do Paraná o monge entrou no oeste de Santa Catarina,percorrendo uma das peabirú (estrada dos índios) que levaria para San Pedro na Argentina.

Aproximadamente nos anos de 1912 a 1913 João Maria chega Campo Erê,na Linha Faxinal, onde segundo a lenda dormiu numa gruta e no dia seguinte surgiu uma mina de água que fazia milagres aos que bebessem daquela água. Em Campo Êre João Maria teria ficado aproximadamente durante seis meses percorrendo aquela terra e ajudando o povo que em sua maioria eram tarefeiros (trabalhadores da erva-mate), principal atividade daquela época na região. Os milagres que João Maria fez através de rezas, benzimentos e remédios de ervas ficaram muito conhecidos naquele lugar.

De Campo Êre, João Maria rumou para Dionísio Cerqueira, povoado fundado em 1903 em homenagem a Dionísio Evangelista de Castro Cerqueira chefe da expedição de demarcação da fronteira entre Brasil e Argentina. O monge sempre se deslocava a pé, onde ele dormia seus devotos fincavam uma cruz em devoção a ele, suas rezas eram muito popular entre os caboclos,esses carregavam orações escrita que supostamente os protegeria, como uma encontrada num amuleto que pendia do peito de um caboclo:

– “Espada elética pertence a Antonio de Souza, nobre cavaleiro de São Sebastião em nome do Santo João Maria quem atira no meu corpo atira na

hóstia consagrada porque entre a pórvra (pólvora) e a espoleta Jesus Cristo fez morada”. Sachet. 2001.

Grande era a fé dos caboclos que já rezavam em nome do Santo João Maria, que era praticamente adorado. Tornou-se um ídolo para seus devotos, esses misturavam a crença católica com o misticismo caboclo de devoção a santos que a Igreja não reconhecia. Ao chegar na região da fronteira João Maria dirigiu-se para uma comunidade que hoje se chama Separação. Em Dionísio Cerqueira João Maria permaneceu cerca de nove meses onde percorreu todas as comunidades. Segundo a lenda o monge teve uma visão e disse: vejo um grande dragão, que se estende sobre essa região, a cabeça está em San Pedro, o corpo sobre a região de Dionísio Cerqueira e a cauda em Clevelândia, toda a região onde se encontra o dragão não vai se desenvolver durante cem anos. Se for lenda ou não, o caso é que de San Pedro passando por Dionísio até Clevelândia em quase cem anos pouco desenvolvimento houve, sendo uma das regiões mais pobres do oeste catarinense, sudoeste do Paraná e leste da província de Misiones, Argentina.

Após permanecer algum tempo na fronteira João Maria rumou para San Pedro, Argentina, onde foi visto pela última vez, sua meta era chegar ao Paraguai. Depoimentos de dois Pioneiros da Fronteira sobre o Monge.

“Óia ele era meio a trote assim, e veio, já o carçado dele era uma paragata, tipo pargata. A ropa tinha, era ropa cumum assim, tinha barba e era morenasso. Óia quando ele teve em Faxinar, Campo Erê, ele dormiu num luga seco no utro dia amanheceu um oio d’água, tudo o pessoar levava água pra remédio…” Segundo o entrevistado, ele teria conhecido pessoalmente o monge. O segundo entrevistado é o senhor Raul Silva Dico, de 90 anos de idade, residente em Bernardo de Irigoyen – Misiones – Argentina. Perguntado se havia

ouvido falar de João Maria respondeu:

Si yo sentí hablar de un monje, San Juan Maria se llamaba, a el yo tenía como um santo el vino hasta acá en Argentina y de aquí volvió, volvió al Brasil, tuvo hasta Campo Ere y hay un lugar donde, donde el durmió en Campo Ere que dice, decía la gente cierto, donde el durmió había un lugar que brotaba el agua, una vertiente,


João A. Mussini

Mestrando em Antropologia (UTIC)

Disciplina: Teorias de Antropologia

Professor: Jovam Vilela da Silva

Pesquisa: Nelson Tresoldi

Canonização: o que é e como acontece?

Entenda o processo feito pela Igreja para reconhecer que uma pessoa viveu a fé de modo heroico


De modo bem resumido, vou explicar para você o que é e como acontece uma canonização na Igreja Católica Apostólica Romana.

Canonização é o processo feito pela Igreja para reconhecer que uma pessoa viveu a fé de modo heroico, a ponto de ser considerada santa, com culto público universal. Depois desse processo, o nome da pessoa é inscrito no cânon, ou seja, na lista oficial da Igreja. Daí vem o nome: Canonização.

Como acontece esse processo?


Tudo começa quando a pessoa – pode ser qualquer fiel batizado/a – falece com fama de santidade. Sim, somente depois do falecimento da pessoa é que o processo pode ser iniciado.

Após a autorização do Vaticano, o Bispo local escolhe então um postulador, que irá fazer os primeiros levantamentos para se certificar que a pessoa realmente tem fama de santidade. A partir desse, momento ela é chamada Servo/a de Deus. Em seguida, examinam-se a sua vida e suas virtudes. Dependendo do envolvimento eclesial, dos livros ou documentos que a pessoa escreveu, ou pronunciamentos oficiais que tenha feito, esse processo pode ser um tanto demorado.

Ao se concluir o processo em nível diocesano, toda a documentação é enviada à Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano. Tendo as virtudes aprovadas, o/a Servo/a de Deus recebe o título de Venerável, ou seja, é digno de veneração.

O próximo passo é a Beatificação, para o qual se exige a apresentação de um milagre alcançado pela intercessão do/a Venerável. Caso a pessoa tenha sido martirizada, ou seja, tenha sido morta por causa da fé, o milagre não é exigido. Com o reconhecimento do milagre ou do martírio, a pessoa é considerada Beata, ou seja, é feliz junto a Deus. Por isso que também se ouve dizer Causa de Beatificação. 

O próximo e último passo é o reconhecimento de mais um milagre alcançado pela intercessão do/a Beato/a, para que o Papa declare a pessoa como Santa e a coloque como modelo de vida cristã para todos os fiéis. Nesse momento se dá a Canonização, ou seja, a inscrição do nome do Santo/a na lista oficial da Igreja.

Esse é o processo oficial, reconhecido pela Igreja. Mas sabemos que muitas pessoas viveram heroicamente a fé e não passaram por esse processo. Será que não são Santas? Com certeza são! Mas a Igreja é muito cuidadosa e prudente ao apresentar uma pessoa como modelo de vida cristã para todos os fiéis.

Viver a Santidade é compromisso batismal de todos os fiéis (cf. Mt 5, 48). À Igreja cabe apenas o reconhecimento.

Saiba quais são os procedimentos para uma canonização

A Igreja, ao longo dos séculos, sempre constatou que “os santos e santas sempre foram fonte e origem de renovação nas circunstâncias mais difíceis da história da Igreja. Com efeito, a santidade é a fonte secreta e a medida infalível de sua atividade apostólica e de seu elã missionário” (Catecismo da Igreja Católica, 828).

A todos Deus faz o convite de viver em profunda conformidade com o Evangelho de Jesus Cristo, numa experiência incondicional do mandamento do amor a Deus e ao próximo, a fim de alcançar uma perfeita união com Jesus, ou seja, a santidade.



Como acontece a canonização de um santoFoto: Arquivo CN

Com isso, existe um caminho que se faz para reconhecer santos e santas alguns homens e mulheres que Deus escolhe para seguir mais de perto o exemplo de Cristo, e darem testemunho glorioso do Reino dos céus, seja com o derramamento de sangue ou com o exercício heroico das virtudes (Constituição Apostólica – Divinus Perfectionis Magister).

Desenvolvimento do processo de canonização

Mãe dos Santos, a Igreja tem sempre conservado a sua memória, propondo aos fiéis exemplos de santidade no seguimento de Cristo. Ao longo dos séculos, os Romanos Pontífices se preocuparam em emanar normas adequadas para facilitar a obtenção da verdade numa matéria de tão grande importância para a Igreja (Sanctorum Mater – Congregação para as causas dos santos).

Na Constituição Apostólica do Papa João Paulo II sobre a Legislação relativa às causas dos santos, foram dadas orientações para o processo de canonização, e uma delas é a participação ativa das Igrejas particulares (dioceses). O Documento aponta que “à luz da doutrina sobre a colegialidade proposta pelo Concílio Vaticano II, seria conveniente associar os Bispos à Sé Apostólica no tratamento das Causas dos Santos”. Ou seja, o processo passa a acontecer também com a cooperação dos Bispos em sua Igreja local, junto a Santa Sé com a Congregação para as Causas dos Santos.

Para cada causa é escolhido pelo bispo um postulador, cuja tarefa é investigar detalhadamente a vida do candidato para conhecer sua fama de santidade. Sendo que, já é chamado Servo de Deus o fiel católico do qual se iniciou a causa de beatificação e canonização.

Passo a passo do processo

O primeiro processo é o das virtudes ou martírio. Essa é a etapa mais demorada, porque o postulador deve investigar minuciosamente a vida do Servo de Deus, verificar a fundo a vivência das virtudes. Já no caso de um mártir, devem ser estudadas as circunstâncias que envolveram sua morte, para comprovar se houve realmente o martírio. Ao término desse processo, a pessoa é considerada venerável.

O segundo processo é o milagre da beatificação. Para se tornar beato, é necessário comprovar um milagre ocorrido por sua intercessão. No caso dos mártires, não é necessária a comprovação de milagre.

O terceiro e último processo é o milagre para a canonização. Este tem que ter ocorrido após a beatificação. Comprovado esse milagre, o beato é canonizado e o novo santo passa a ter um culto de veneração universal.

Dessa forma, “ao canonizar certos fiéis, isto é, ao proclamar solenemente que esses fiéis praticaram heroicamente as virtudes e viveram na fidelidade à graça de Deus, a Igreja reconhece o poder do Espírito de santidade que está em si e sustenta a esperança dos fiéis, propondo-os como modelos e intercessores.” (CIC 828)

Os santos intercedem por nós

Os santos são nossos intercessores, pois, “pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por conseguinte, pela fraterna solicitude deles, nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio” (CIC 956).

Assim, podemos experienciar a comunhão com os santos, já que, “como a comunhão entre os cristãos da terra nos aproxima de Cristo, da mesma forma a união com os santos nos une a Cristo, do qual, como de sua fonte e cabeça, promana toda a graça e a vida do próprio povo de Deus” (CIC 957).

A vida de santidade é uma graça e um chamado para todos, “sede santos, assim como vosso Pai celeste é santo” (Mateus 5,48).

CONCLUSÃO NEM TODO MONGE É BEATO OU SANTO:

Se de fato fosse profeta teria sido beatificado e canonizado pela Igreja Católica Apostólica Romana! Profecias não são o suficiente! Pra ser Profecias verdadeiras precisa ter conhecimento do pároco local, do Bispo e do Papa em Roma! Poderia até ter predito, mas não existe de fato algum escrito deixado por ele nem milagres atribuídos! Lá em Mafra tem uma rua e capela no centro dedicada a ele São João Maria, se de fato fosse santo pela época em que viveu teriam erguido uma igreja  na praça Hercílio Luz em sua homenagem e não uma simples capela que ninguém cuida! Meu ponto de vista deveria ter sido o nome apenas João Maria e não São João Maria, por que o nome dele não consta na lista de beatos e nem Santos da Igreja Católica Apostólica Romana por que de fato não tem comprovação canônica de sua vida peregrina em nossa região sul, nem algum escrito ou milagres atribuídos à sua intercessão! Por isso que ele não pode ser considerado muito menos chamado de Santo ou Beato!!! Se de fato fosse beato ou santo, teria inúmeras Igrejas Católicas ou Capelas erigidas, em sua memória por onde esteve e passou, supostamente curando as pessoas descritas nos textos da pesquisa acima, não consta seu nome entre os veneráveis da Igreja Católica Apostólica Romana, não está também em processo de Beatificação ou Canonização, porque nunca apareceram pessoas miraculadas (que receberam tais curas), não foi feita sequer nenhuma investigação da sua suposta vida de santidade à ele atribuídas pelo povo da época que viveu, nem de agora, não possui alguma biografia descrita sobre sua vida, não há comprovação científica, eclesial, ou algum postulante (padre (Arqui) diocesano, que defenda a causa do  mesmo monge, porque nunca se averiguou de fato, suas supostas curas, profecias etc! Para que ele Monge Maria fosse elevado à Bem Aventurado, à Beato e possivelmente Santo como é mencionado na história de nossa região Sul, no período da Guerra do Contestado, a partir do período de sua morte, se de fato aparecessem tais milagres, com certeza absoluta, seu nome estaria inscrito no Livro dos Santos, e teria um dia litúrgico em sua memória, como tem os outros Bem Aventurados, Beatos e Santos da Igreja Católica Apostólica Romana, teriam imagens do mesmo não somente umas fotos, teriam novenas e orações suplicando a sua intercessão por essa ou aquela graça almejada ou desejada pelos fiéis! Portanto, o Monge Maria não é Santo, a penas um monge peregrino local da época... 

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Fontes dos textos pesquisas do Google, Portal A 12.com Arquidiocese de Aparecida SP,  e rede Canção Nova de Comunicação, Diocese de Lorena, SP



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