ACONSELHAMENTO PARA CASAIS E SOLTEIROS
Viver como Sara e Tobias
A Bíblia nos conta que Tobit, pai de Tobias, pediu a seu filho para que fizesse uma viagem a uma terra muito distante e, para isso, pediu que ele procurasse alguém para acompanhá-lo. Foi quando Deus, na sua bondade, providenciou um companheiro que, mais tarde, iria se revelar: era o próprio Arcanjo Rafael.
Foi Rafael quem conduziu Tobias até a casa de Ragüel, pai de Sara, com quem Tobias se casou.
Na noite do casamento, levaram o jovem esposo aos aposentos de Sara que o esperava. Ela tinha todo o direito de se dar ao esposo que Deus mesmo havia escolhido para ela. Tobias, que tinha se conservado casto até aquele momento, se levanta, volta-se para sua esposa e diz:
“Levanta-te, Sara, e roguemos a Deus, hoje, amanhã e depois de amanhã. Estaremos unidos a Deus durante estas três noites. Depois da terceira noite consumaremos nossa união; porque somos filhos de santos e não nos devemos casar como os pagãos que não conhecem a Deus” (Tb 8,4-5 cf. tradução da Bíblia Ave-Maria).
Preste atenção: “Porque somos filhos de santos, e não nos devemos casar como os pagãos que não conhecem a Deus”. Todos os rapazes e moças que são virgens, saibam: manter-se castos é uma graça de Deus! Por amor ao seu casamento e à sua família, mantenham-se firmes! Façam um compromisso de castidade ao Senhor!
Por causa de “amigos” que contam vantagens e fazem mil insinuações, talvez você seja um daqueles que vive titubeando, sem saber mais o que é certo e errado. Saiba: é preciso querer a mesma graça de Tobias e Sara. Outros caíram e se machucaram muito cedo. Com você não precisa ser assim!
Quando eu era menino queimei o meu braço com água fervendo. Até hoje tenho a cicatriz e tenho que tomar muito cuidado: pois qualquer queda o machuca, pois tornou-se uma região muito frágil e sensível.
É incrível como o mundo e a tentação são cruéis com os homens! Muitos rapazes caíram e se queimaram também muito cedo. Sei que eles gostam de se exaltar contando aventuras! Mas francamente: infeliz de você que se queimou tão cedo! O certo era ter chegado virgem ao casamento! É que o mundo inverteu os valores. Mas, creia, a verdade não se faz por maioria!
Se você fosse a um rio e encontrasse lá muito cascalho e pouquíssimo ouro, o que você pegaria: o cascalho ou o ouro? Claro que pegaria o ouro! Repito: a verdade não se faz pela maioria. Não é porque muitos caíram que você precisa cair.
O mesmo acontece com as meninas: antigamente conservavam a virgindade até o casamento. Nos tempos atuais, infelizmente, o mundo, a televisão, as novelas têm mudado de tal maneira a cabeça das mulheres que elas acreditam, que chega a ser um vexame, conservar a virgindade.
O que está em jogo é a sua pureza!
Muitas meninas ficam com a cabeça confusa: “Será que estou certa? As minhas colegas constantemente falam na minha cabeça. Quase me empurram! Se recuso e não entro nessas aventuras, parece-me que sou menos que elas e sou fatalmente rejeitada…”
Não, você não é menos: é mais! Se os rapazes “se queimam” quando têm relações antes do casamento, a “queimadura” para as mulheres é muito mais dolorosa.
Neste imenso desafio de viver pureza e castidade, é triste ver pai e mãe aconselhando seus filhos a usar camisinha, porque, “afinal de contas, ninguém consegue se segurar”. É uma falsa prevenção!
Temos que voltar àquilo que Tobias disse a Sara: “Porque somos filhos dos santos, e não nos devemos casar como os pagãos que não conhecem a Deus”.
Os que se queimam são vítimas! Eles não são superiores aos outros!
Assim como digo aos rapazes e moças que conservaram a sua virgindade que façam um compromisso ao Senhor de se conservarem virgens até o casamento, digo também àqueles que, por mil motivos, perderam a virgindade: façam, também, o mesmo compromisso com o Senhor: Daqui para frente, me comprometo com o Senhor, a viver em perfeita castidade até o casamento.
Assim como cuido do meu braço, que já foi queimado, para que não se queime mais, também convido você para, a partir de agora, se manter “virgem” até o casamento.
Seja qual for a sua história, por mais dolorosa que seja, Jesus é capaz de mudar seu interior e seu físico. Tem muita gente com vergonha de si mesmo e até do próprio corpo por causa das situações nas quais já foram vítimas.
Assuma o que a Palavra de Deus nos diz:
“Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura. O mundo antigo passou, eis que aí está uma realidade nova” (2 Cor 5,17).
Encantou-me o testemunho de uma moça que me disse: “Eu não era mais virgem: já tinha tido dois filhos. Quando ouvi uma palestra sua, em que o senhor nos convidava a permanecer virgem de alma e de corpo até o casamento, eu quis e me decidi do fundo do coração. Mas, me perguntei: Como se fará isso? Eu não sou mais virgem… Mas, permaneci firme e pedi ao Senhor a graça da virgindade, também no meu corpo”.
Casei-me. Fizemos como Sara e Tobias e na primeira relação tive a impressão de que era a minha “primeira relação”. Tudo indicava que havia uma membrana oferecendo resistência e que, por fim, foi rompida. Agradeci a Deus, mas pensei que era impressão minha.
Mas aquilo não me saia da cabeça. Tive coragem e conversei abertamente com meu esposo e ele me disse que percebeu a mesma coisa, mas não teve a coragem de dizer nada, porque ele havia se conservado “virgem” até o casamento: aquela era a sua primeira relação. Por isso pensou que tinha sido impressão dele. Agora ele mesmo podia afirmar: uma coisa incomum havia acontecido.
Fiquei grávida. Toda a gravidez se passou como se fosse o primeiro filho. Mas isso poderia, com mais razão, ser uma impressão minha.
Tive parto normal. A parteira toda feliz me disse: É o seu primeiro parto, não é? Eu tive que dizer-lhe: Não, já é o terceiro! A parteira não se conteve: Não é possível. A sua musculatura e todas as suas reações foram de primeiro parto! Ela não entendeu. Eu mais uma vez agradeci a Deus.
Logo em seguida, eu tive um problema de retenção urinária, com muitas dores. A médica, quando examinou, me disse: Mas isso só acontece como conseqüência de um primeiro parto! O que aconteceu com você?
Daí não tive mais dúvida. Padre, eu não sei explicar, mas tudo indica: o meu pedido foi atendido. O Senhor me fez virgem de alma e também de corpo!
Eu também não tinha explicação. Só pude dizer a ela: Tudo indica: o seu pedido foi atendido!
Agradeçamos ao Senhor:
Obrigado, Senhor, porque limpas a minha mente! O meu coração! Os meus pensamentos! As minhas fantasias e lembranças dolorosas!
Cobre-me com a Tua graça. Com o Teu amor. Concede-me a firmeza, a fortaleza dos santos, para que possa manter-me firme no propósito de viver a pureza e a castidade!
Obrigado, Senhor, pela graça de recomeçar! Amém!
Do livro: “Geração PHN”
Não é preciso ser lá muito observador para se dar conta de que o mundo ao nosso redor está saturado de sexo. Mas estará também saturado de amor?
Não é preciso ser lá muito observador para se dar conta de que o mundo que nos rodeia está saturado de sexo. Mas estará também saturado de amor?
Em certo sentido, parece até que as duas coisas são inversamente proporcionais: quanto mais desimpedido, livre e hiperativo se vive o sexo, menos espaço se encontra para o amor pessoal, ou seja, para a amizade entre duas pessoas, queridas em si mesmas, e não pelo prazer que podem oferecer. A castidade (ou seja, a virtude de contrariar os desejos sexuais com o fim de construir relações humanas maduras) é valiosa justamente por proteger e potencializar a capacidade de amar as pessoas como elas merecem.
No matrimônio, o poder de amar os outros que a castidade torna possível engloba não só o próprio esposo, mas os filhos que Deus quiser confiar ao casal, ou seja, as futuras pessoas que estão como que “escondidas”, à espera, no amor do presente.
No Livro de Tobias, do Antigo Testamento, encontramos um ícone da nobreza do amor matrimonial entre Tobias e Sara. Tobias assim reza no dia de seu casamento:
Somos filhos dos santos (patriarcas), e não nos devemos casar como os pagãos que não conhecem a Deus […]. Ora, vós sabeis, ó Senhor, que não é para satisfazer a minha paixão que recebo a minha irmã como esposa, mas unicamente com o desejo de suscitar uma posteridade, pela qual o vosso nome seja eternamente bendito (Tb 8, 5.9).
São cinco as lições que podemos aprender neste denso par de versículos:
Primeiro, os que pertencem ao Povo de Deus (para Tobias e Sara, a nação de Israel; para os cristãos de hoje, o novo Israel, o Corpo de Cristo) são “filhos dos santos” e devem viver guiados pela lei de Deus, a qual, como nos recorda João Paulo II na Veritatis Splendor, é promulgada sempre para o nosso maior bem, e nunca para o nosso mal. Nós, portanto, não devemos comportar-nos como os pagãos, que desconhecem por completo a própria dignidade aos olhos de Deus e o profundo respeito que se devem uns aos outros.
Segundo, rezar ao Senhor é condição sine qua non para crescer na amizade, especialmente dentro do matrimônio. Notemos que Tobias não está “obcecado” por Sara, por mais que a ame; ele se volta para Deus, de quem sabe que há de receber as graças necessárias para amá-la sem egoísmo. É um paradoxo: se queremos amar de verdade uma pessoa, não podemos ficar obcecados ou aficionados por ela, sob o risco de sufocarmos e destruirmos o amor. O relacionamento deve abrir-se à presença de Deus, que traz consigo eternidade e infinitude.
Se queremos amar de verdade uma pessoa, não podemos ficar obcecados por ela, sob o risco de sufocarmos e destruirmos o amor.
Terceiro, Tobias chama à esposa “minha irmã”. Ao falar nestes termos, ele mostra a natureza íntima do seu amor, como se fosse entre irmãos em concórdia. Seu amor não é absorvente, possessivo, que suga seu objeto e depois o cospe fora quando já está seco; antes, é um amor terno, cavalheiresco, que olha mais para o que ambos têm em comum e quer descobrir como cada um deles pode dar o melhor de si.
A expressão “minha irmã” também nos traz à mente as palavras do Esposo à esposa no Cântico dos Cânticos: “Tu me fazes delirar, minha irmã, minha esposa, tu me fazes delirar com um só dos teus olhares, com um só colar do teu pescoço” (Ct 4, 9). Este versículo revela um amor que, sem deixar de ser erótico, está permeado da reserva e do respeito próprio de um amor familiar.
Quarto, Tobias jura ao Senhor que não é “para satisfazer a paixão” que ele recebe Sara como esposa, “mas unicamente com o desejo de suscitar uma posteridade”. Isso parece quase inacreditável: ele ama mesmo Sara ou a quer apenas como meio de deixar descendentes? No entanto, o contraste que se percebe em suas palavras expressa o que ele, de fato, tem em mente.
Quando um homem ama sua esposa tendo em vista os filhos que podem gerar, ele a ama ainda mais.
Para Tobias, há uma diferença marcante entre, de um lado, desejar a mulher por luxúria, o que a reduz a um simples meio, e, de outro, amá-la inteiramente tal como ela é, o que abarca também o misterioso dom da fertilidade, isto é, a sua capacidade de tornar-se mãe. Quando um homem ama sua esposa tendo em vista os filhos que podem gerar, ele a ama ainda mais, porque ama nela algo a mais: ama-a na plenitude daquilo que ela pode e deseja oferecer.
Noutras palavras, Tobias testemunha aqui a verdade, ensinada pelas encíclicas Casti Connubii e Humanae Vitae, de que a finalidade procriativa do matrimônio é o que define e justifica a união dos esposos, tornando-o diferente de qualquer outra forma de relação humana. Sem essa abertura aos filhos, a existência mesma dos sexos masculino e feminino (para não falar da mútua ordenação de um ao outro) careceria totalmente de sentido.
Por fim, Tobias afirma que tanto ele como sua esposa desejam uma posteridade “pela qual o vosso nome seja eternamente bendito”. Aqui, em tons belíssimos, vemos que o fim último do matrimônio não é apenas trazer filhos ao mundo, mas trazê-los ao mundo para o Senhor, a fim de que eles possam amá-lo e glorificar o seu nome.
Para nós, cristãos, esta finalidade apresenta uma dimensão ainda mais profunda, na medida em que os trazemos ao mundo de forma natural a fim de, através do Batismo, os fazermos nascer para a vida sobrenatural, pela qual se tornam filhos adotivos do Pai, participantes da natureza de seu Filho unigênito, Jesus Cristo.
Eis a insondável fecundidade física e espiritual a que os cristãos têm acesso!
Mas que resposta os “discípulos” modernos têm às palavras do Mestre: “Deixai vir a mim estas criancinhas e não as impeçais” (Mt 19, 14)? Respondem: “Não, preferimos não ter filhos”.
Não é assim que pensavam os judeus; não é assim que deve agir um cristão. Quem quer que vá se casar ou já está recém-casado deve fazer seu coração palpitar no ritmo desta maravilhosa oração de Tobias, que tanto nos ensina com tão poucas palavras. É uma oração que não se resume apenas ao desejo de “ter muitos e numerosos filhos”. É uma oração sobre o amor aos filhos, sobre a abertura ao dom que eles representam e, acima de tudo, sobre aceitar humildemente a vontade do Senhor, que os envia quando e como lhe aprouver.
Ensinamentos de Sara e Tobias para um ter um casamento feliz
O livro de Tobias retrata a importância da família e do matrimônio dentro do contexto histórico próprio do Antigo Testamento. Mas é possível uma reflexão desse texto, trazendo-o para a realidade dos dias atuais, tanto para os namorados e noivos quanto para os já casados. Essa história é para todos os que querem aprender sobre um belíssimo ensinamento de como se deve caminhar para um casamento feliz. Pois, mesmo em meio às dificuldades e provações, é incontestável a certeza da alegria e a realização que a comunhão conjugal no matrimônio produz no amor.
O Criador quis, ao criar a criatura, homem e mulher, filhos amados, que estes se unissem, pois “o homem e a mulher são feitos um para o outro: não que Deus os tivesse feito apenas pela metade e incompletos; criou-os para uma comunhão de pessoas, na qual cada um dos dois pode ser ajuda para o outro, por serem, ao mesmo tempo, iguais enquanto pessoas (osso de meus ossos) e complementares enquanto masculino e feminino” (CIC 372).
Essa é a certeza de que a Palavra de Deus, a Igreja e a própria vivência do sacramento do matrimônio oferece: o homem se complementa na mulher e a mulher se complementa no homem, e ambos juntos se plenificam e se realizam em Deus.
Todo amor entre duas pessoas, quando vivido em Deus, sempre conduzirá para o próprio Deus, que ensina como e o que é amar de verdade. Com isso, após muitas provações e situações difíceis na vida de Tobias e Sara, a Divina Providência, agora, irá unir os dois caminhos em um só caminho no sentido de completude. Pois é chegado o belo instante do encontro dos dois.
Encontro de Sara e Tobias
“Raguel mandou chamar Sara, sua filha, e a apresentou a ele. Tomando-a pela mão, entregou-a a ele e disse: ‘Recebe-a conforme a lei e a sentença escrita no livro de Moisés, segundo a qual ela te é dada como esposa’” (Tb 7,12).
Um dos grandes momentos do livro de Tobias é seu encontro com Sara. Tudo foi preparado nos mínimos detalhes pela Providência de Deus, que conduziu o jovem diante das muitas dificuldades e dos diversos obstáculos até a descoberta de seu amor.
Junto a Tobias estava o anjo Rafael enviado por Deus, para cuidar dele em sua viagem, que foi solicitada por seu pai para resolver algumas questões familiares. É nesse percurso que Tobias encontrará sua amada, que a Bíblia se refere como a “moça sábia, corajosa e de grande formosura” (Tb 6,12), já que Sara era uma bela mulher segundo o coração de Deus.
Tobias sabia da história dos sete maridos que morreram por terem se casado com Sara. Mas o anjo Rafael orienta-o dizendo: “Não temas. Ela foi destinada para ti desde sempre e tu a salvarás. Ela irá contigo e tenho certeza de que terás filhos com ela” (Tb 6, 18). Com isso, Tobias não temeu, continuou decididamente.
Assim, desejado e pensado por Deus, o encontro tão esperado entre Sara e Tobias acontece, de forma simples e conforme o costume da época. O sentimento de Tobias para com Sara não brotou à primeira vista nem após um tempo de conhecimento, mas ele “enamorou-se dela apaixonadamente” (Tb 6, 19) antes mesmo de a ver. Claro que, no contexto da história, é uma forma de retratar sobre o amor e a vontade de Deus, porque não se trata de um amor fantasioso, ilusório e fora da realidade, mas sim de uma amor que nasce de uma fidelidade a Deus na espera do momento certo.
Portanto, neste encontro de amor, Sara e Tobias compõem uma história, que começa no coração dos dois, cumprindo os desígnios de Deus. Pois onde Deus está, o amor também está, porque “Deus é amor” (1 Jo 4,8).
Casamento e felicidade
Casamento e felicidade estão intrinsecamente relacionados. O matrimônio é fonte de realização para os cônjuges, porque na alegria e na tristeza, é o amor que faz com que a beleza da união permaneça e supere todas as situações difíceis próprias do relacionamento.
Na vida de Tobias, não foi diferente sobre a beleza da união, mas antes, ouve uma caminhada até chegar ao momento de se consumar a promessa de Deus. Tobias chega a Ecbátana, e o anjo Rafael o conduz até a casa de Raguel o pai de Sara. Após entrarem em casa de Raguel, Tobias teve um bom diálogo com Edna, mãe de Sara e seu pai. Depois de todos se conhecerem, “Raguel mandou chamar Sara, sua filha, e a apresentou a ele. Tomando-a pela mão, entregou-a a ele e disse: Recebe-a conforme a lei e a sentença escrita no livro de Moisés, segundo a qual ela te é dada como esposa” (Tb 7,12). Tobias recebe Sara como sua esposa segundo o procedimento próprio da época sobre o casamento.
“Ela te é dada a partir de hoje e para sempre” (Tb 7, 11). Sara e Tobias estão casados e começam uma nova vida juntos. Como a história de muitos casais, hoje, que dão o seu ‘sim’ para uma união matrimonial, lembremos o que diz a Igreja sobre esse belíssimo compromisso de amor:
“O sacramento do matrimônio significa a união de Cristo com a Igreja. Concede aos esposos a graça de amarem-se com o mesmo amor com que Cristo amou sua Igreja; a graça do sacramento leva à perfeição o amor humano dos esposos, consolida sua unidade indissolúvel e os santifica no caminho da vida eterna” (CIC 1661).
As núpcias
“Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, significam e favorecem a mútua doação pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido” (CIC 2362).
Diante da situação de Sara, que tinha seus maridos mortos ao se aproximarem dela na primeira noite, com seu esposo Tobias, que confiou em Deus e seguiu as orientações do anjo Rafael, nada o aconteceu. Em sua noite de núpcias, “Tobias levantou-se do leito e disse a Sara: ‘Levanta-te, minha irmã! Oremos e supliquemos a nosso Senhor, para que nos conceda misericórdia e salvação’. Ela levantou-se, e começaram a orar e suplicar o Senhor, para que lhes fosse concedida a saúde” (Tb 8,4-5). Deus os atendeu e viveram felizes.
Assim, atualizando a história de Sara e Tobias para a realidade do matrimônio hoje, pode-se dizer do casamento que “os dois se doam definitiva e totalmente um ao outro. Não são mais dois, mas formam doravante uma só carne” (CIC 2364).
Fonte Página Casais Restaurados.:
https://www.casaisrestaurados.com.br/2016/07/08/casamento-feliz-e-nupcias-de-sara-e-tobias/
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A história de Sara e TobiasSara estava muito deprimida, além de não conseguir consumar o matrimônio, porque seus noivos morreram em situações estranhas, ela era obrigada a suportar uma empregada da família que vivia humilhando e zombando dela, o dia em que Sara resolveu repreendê-la, a empregada roga uma terrível praga dizendo: "Não vejamos jamais filho nem filha nascidos de ti sobre a terra!"(Tb3,9b)
Diante dessa maldição, Sara subiu para seu quarto e ficou três dias sem comer orando com fervor, chorando e suplicando a Deus que a livrasse desse mal(Tb 3,11). No final do terceiro dia ela faz um grande louvor ao Senhor, na certeza de que foi ouvida, a oração de Sara é um grande diálogo com Deus, ela em nenhum momento busca resposta mágica, ela faz uma análise profunda da vida dela, fica em silêncio, sozinha, faz jejum. Não se faz de vítima, nem se enche de lamúria, não reclama com Deus, faz uma oração profunda e confiante.
Deus então ouve a oração de Sara na mesma hora em que ouve a oração de Tobit, pai de Tobias, que seria seu futuro marido.
Tobit estava doente e achava que ia morrer, então chama seu filho e lhe dá preciosos conselhos. Tobias responde que irá fazer tudo o que o pai estava lhe ensinando e parte em seguida de viagem acompanhado sem saber pelo anjo Rafael.
Durante a viagem o anjo Rafael (anjo da cura), providencia alimento, remédio para curar o pai de Tobias e aconselha a pedir a mão de Sara em casamento. Mas Tobias teme, pois o problema de Sara era conhecido e ele pergunta ao anjo se não corria risco de morte casando com uma mulher dominada pelo demônio.
O anjo responde: "Ouve-me, e eu te mostrarei sobre quem o demônio tem poder: são os que se casam, banindo Deus de seu coração e de seu pensamento, e se entregam a paixão como o cavalo e o burro, que não têm entendimento: sobre estes o demônio tem poder." (Tb 6,16-17)
Que lindo! É possível entender porque tantos casais sofrem, baniram Deus de seu coração e de sua vida.
Rafael continua ensinando Tobias: você não deve ser precipitado, o amor matrimonial exige rituais, a boa relação sexual não deve ser feita por obrigação, nem só pelo ímpeto da paixão, é para ser vivido como dom de Deus e não como algo feio e sujo.
A igreja nos ensina que a relação sexual tem caráter unitivo e pro-criativo. É para unir, sarar e santificar o casal.
Tudo aconteceu como o anjo havia falado, Tobias conhece Sara, a pede em casamento, o sogro teme por sua morte, mais uma vez o anjo intervém mostrando ao sogro que Sara deveria ser de Tobias. Raguel, o sogro, preside a celebração. Depois da celebração religiosa passaram para a parte civil , depois veio a festa, que era para celebrar alegremente, agradecendo a Deus ( Tb 7,17).
Tobias fez tudo como o anjo lhe ensinou, os três primeiros dias de casados foram de orações e entrega a Deus, depois veio a consumação da união pelo ato sexual. (Tb 8,4-24)
Sara e Tobias nos ensinam que um casal precisa colocar Deus em primeiro lugar e em tudo, nos ensinam que a relação sexual está nos planos de Deus, o casal é parceiro de Deus.
"E todos se puseram à mesa. E foi no temor do Senhor que celebraram o festim das núpcias" (Tb 9,12b)
Tobias então retorna pra casa com sua esposa Sara, naquele momento o choro era de alegria, e retribuíram ao companheiro de viagem, afinal, "se é bom conservar escondido o segredo do rei, é coisa louvável revelar e publicar as obras de Deus" (Tb 12,7)
Essa linda história vem falar com cada um em particular, mais o que fica em nossos corações é que Deus, ouve nossas orações, e está presente na vida de um casal que se entrega e obedece a Ele!
Meninas, façam como Sara, orem confiantes, esperem em Deus, Ele sempre te escuta!!! Seu Tobias há de vir!
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