PEQUENO CATECISMO DO NAMORO CATÓLICO PARA OS JOVENS REFLETIREM:
O que é “namoro”?
Namoro é o período em que o rapaz e a moça procuram conhecer-se em preparação para o matrimônio.
Em que consiste o matrimônio?
No matrimônio, homem e mulher doam seus corpos, constituem
uma só carne e tornam-se instrumentos de Deus na geração de novas vidas
humanas.
Então, em que deve consistir na preparação ao matrimônio?
Antes de doar os corpos é preciso doar as almas. No namoro,
os jovens procuram conhecer não o corpo do outro, mas sua alma.
Que conclusão podemos tirar daí?
Os namorados não podem ter relações sexuais (fornicação), nem
atitudes contrarias à castidade.
Por que?
Porque o corpo do outro ainda não lhes pertence, pelo sacramento
do matrimônio religioso. Unir-se ao corpo alheio antes do casamento na Igreja é
um pecado contra a castidade e contra a justiça, pois como nosso corpo é o
templo do Espírito Santo (1 Cor. 6, 19), a profanação de nosso corpo é algo
semelhante a um sacrilégio.
São permitidos os abraços e beijos?
Não apenas a fornicação é pecado, mas também tudo o que
provoca o desejo da fornicação, como abraços e beijos.
Não podem ser considerados como simples expressões de afeto?
Não, já que muitíssimo mais do que constituírem expressões de
afeto, despertam, alimentam e exacerbam o desejo físico. Aliás, é possível
profanar o templo do nosso corpo até por um pensamento: “Todo aquele que olha para uma mulher com mau
desejo já cometeu adultério com ela em seu coração” (Mt. 5, 28).
Que consequências práticas tiramos disso?
Durante o namoro deve evitar o contato físico, como abraços e
beijos, que já constitui uma entrega física que, se acidentalmente pode não se
consumar, no entanto prepara ou apressa. Vale aqui lembrar a advertência de
Cristo: “Vigiai e
orai para não cairdes em tentação. O espírito é pronto, mas a carne é fraca”
(Mt 26, 41).
Que outra consequência tirais disso?
O prazer da excitação dos sentidos torna-os incapazes de
perceber a beleza da alma do outro. O namoro assim deixa de ser uma ocasião de
amar para ser uma ocasião de egoísmo a dois, cada uno desejando sugar do outro
o máximo prazer.
Como, então, deve-se namorar?
Sendo o namoro o encontro de dois templos sagrados que
desejam conhecer-se e amar-se interiormente, os namorados deveriam agir a
semelhança de um rito litúrgico:
1- Rezar antes e depois do namoro;
2- Namorar apenas em lugar visível, para evitar ocasiões de
pecar. Nada há para esconder.
3- Durante o namoro evitar ir além de conversar e dar as
mãos.
4- Ter sempre em mente: “Eu estou diante de um templo
sagrado. Ai de mim se eu profanar este templo até por um pensamento!”
5- Depois do namoro convém fazer um exame de consciência:
“Estou agora amando a Deus mais do que antes?”
E se o outro não aceitar namorar cristãmente?
É preciso renunciar ao namorado (à namorada): “Aquele que ama pai ou mãe
mais do que a mim não é digno de mim” (Mt 10, 37). O que poderíamos
acrescentar: “Aquele que ama o namorado ou a namorada mais do que a mim não é
digno de mim”. Para conservar a graça que Jesus Cristo nos conquistou a preço
do seu Sangue, devemos renunciar à própria vida, e com maior razão ao namorado
(à namorada).
Não é isso muito duro?
Sim é duro, mas tem um consolo. Se o outro não aceita namorar
senão a través de beijos e abraços escandalosos, na verdade ele não ama você,
mas deseja gozar do prazer que você pode oferecer. O verdadeiro amor sabe
esperar. A reta intenção incluí a prudência, autodomínio, fundamento da
castidade conjugal.
Mas, é realmente preciso ser diferente de todo o mundo?
Sim, o cristão deve ser o sal da Terra (Mt 5, 13, luz do Mundo (Mt.
5, 14), fermento na massa (Mt. 13, 33). “Não vos conformeis com este mundo, mas
transformai-vos, renovando a vossa mente, a fim de poderdes discernir qual é a
vontade de Deus, o que é bom, agradável e perfeito” (Rm. 12, 2).
Mas não é levar uma vida muito triste?
Aquele que procura o prazer, encontra o prazer. Mas depois
vem o vazio, o remorso de consciência e a tristeza de ter pecado.
Aquele que se abstém do prazer ilegítimo, por obediência a
Jesus Cristo, encontra a alegria e a felicidade: “Bem aventurados os puros porque verão a Face de
Deus” (Mt. 5, 8).
Que significa isso?
Isso significa que a alegria da pureza está acima do prazer
da impureza assim como o Céu está acima da Terra. Ao olharmos para os olhos de
uma pessoa pura, vemos algo de divino em sua alma, algum reflexo deste Deus que
contempla com maior facilidade e perfeição.
Oração para antes do namoro
Senhor, estou diante de um templo onde Vós habitais. Amo-Vos
presente neste templo e prefiro morrer a profanar este santuário mesmo por
pensamento. Fazei que com este namoro eu aprenda a amar a Vós presente no
outro, e assim descubra se foi este (esta) quem escolhestes para estar a meu
lado por toda a vida. São Rafael Arcanjo, que conduzistes Tobias e Sara e lhes
ensinastes a pureza do coração, fazei que na obediência aos mandamentos,
possamos glorificar a Deus para sempre. Amém.
Texto extraído do livro Namoro do Professor Felipe Aquino, Comunidade Canção Nova, Cachoeira Paulista, Diocese de Lorena, SP:
O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na
mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante
20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de
Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem
de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi
casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o
programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o
programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de
aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação
católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Texto Via Católicos de Ribeirão Preto: http://catolicosribeiraopreto.com/pequeno-catecismo-do-namoro-catolico/************************************************************************************************************************************************************
O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.


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