A PUREZA FEMININA, A VIRGINDADE!

 A virtude da pureza: Sublime em suas relações com os Anjos.

Chamamos, muitas vezes, a pureza a virtude dos Anjos. Os Anjos são puros, é verdade, porém não por virtude, e sim pela sua natureza toda espiritual. As tentações da carne só podem ser sujeitos os seres que na carne mortal tem uma vida mortal.

Os Anjos, sendo somente espíritos, por isso mesmo só podem ser puros. Não os incita a beleza corporal, nem música que deleita, nem o encanto terrestre; eles não têm sentidos exteriores, são sobrenaturais.

Ditosa pureza que nunca pode ser perdida, porque falta o objeto do pecado, bem como o fundamento dele.

Avalia, pois, a sublimidade da pureza humana. Por nenhuma outra virtude os homens tornam-se tão semelhantes aos Anjos como pela santa pureza.

Revestido do pó da terra, dotado de sentidos que, acessíveis a qualquer impressão, largamente se abrem a tudo quanto é criado, o coração sendo um foco de más inclinações, é com tudo puro; é virtude superior à dos Anjos que não sofrem o combate da carne, nem a revolta dos sentidos.

Não admira, pois, que homens angélicos também gozem privilégios angélicos. Eles compreendem mais facilmente as coisas divinas, são mais acessíveis às coisas celestes, seu olhar é mais claro, mais depurada a sua aspiração, menos penosa a sua oração.

Os espíritos celestes, que os consideram seus semelhantes e quase iguais em nobreza, parece que se aproximam deles com predileção, protegem-nos mais eficazmente, e alcançam-lhes pela sua intercessão graças mais abundantes.

Ó jovem, torna-te e permanece Anjo. Peregrinar como Anjo nesta terra coberta de pó, não ser manchado de sua imundice; como Anjo cá neste mundo brincar como já estando nas portas do paraíso, e conversar com o Rei dos Anjos. Oh! quanto isto é magnífico, quanto é desejável.

 Livro: A pérola das virtudes.   

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Fonte do Texto Damas Católicas:

https://web.facebook.com/Damascatolicass/photos/313961223307377

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O Privilégio da Virgindade:

A Virgindade é uma graça especial que Deus a ninguém deve, e que concede, em excesso de bondade; a quem lhe apraz, sem mérito algum da parte da alma que a recebe. "Não fostes vós quem me escolhestes", dizia Nosso Senhor aos seus Discípulos; "mas fui Eu quem vos escolhi".

O mesmo se dá convosco, Virgens. Ah! jovens cristãs, que na primavera da vida sentis vosso coração ávido de felicidade e de amor, quem sabe se não vos devora o desejo de abraçar a Virgindade? Talvez sentis que se desperta em vós o santo desejo de ser do número dessas privilegiadas que, não amando senão a Jesus e não sendo amadas senão por Ele, levam na terra a vida dos Anjos, enquanto esperam fazer parte do cortejo do Divino Cordeiro no Céu.

Consolai-vos. A virgindade é, na verdade, uma graça de élite, mas esta graça se pode obter pelos desejos e pela oração. Desejais ser esposa de Jesus? lnvocai a São José, Esposo da mais pura das Virgens. Ele tem um ilimitado poder sobre o Coração de Jesus e pode vos alcançar esta mercê. Ele sabe quanto é agrada­vel a Deus a alma de uma Virgem, e as suas preces são tão fervorosas que não podem ser infrutíferas.

Dirigi-vos, também, a Maria, que foi a primeira Virgem Cristã, recitai em seu louvor, até sentirdes que fostes ouvida, esta oração que o nosso Jesus se dignou ditar a Santa Catharina de Sena quando ela tinha apenas sete anos: "Óh, Virgem Santíssima que fostes a primeira entre as mulheres que entregou a Deus a vossa Virgindade e que fostes escolhida para ser a Mãe de seu Filho, eu vos suplico humildemente não olheis para as minhas imperfeições e misérias. Eu sou uma pobre criatura, mas vos peço que me alcanceis a graça de não ter outro Esposo senão vosso Filho Jesus, pois de todo o meu coração eu O amo e desejo possuil-O."

Recorrei sobretudo a Jesus. Não foi Ele mesmo que deixou escapar de seus lábios divinos esta consoladora palavra: "Batei e se vos abrirá"? Sim, batei com confiança e perseverança à porta do Coração de Jesus, e Ele vos introduzirá nessa bendita morada. É ai que vosso coração se desprenderá, inteiramente, das criaturas, e se inflamará no amor divino.

(A virgem Cristã" - Maria Luiza Chaveut - capítulo IV)