UMA REFLEXÃO PARA AS MOÇAS QUE NUNCA TIVERAM NAMORADO OU HÁ ANOS ESPERAM EM DEUS:
A DOR DA ESPERA DE MANTER-SE VIRGEM!
A Oração de Sara (Tobias. 3, 11 – 23)
“E, orando com fervor, ela suplicava a Deus, chorando, que a livrasse dessa humilhação. Ao terceiro dia, acabou sua oração, bendizendo o Senhor desta forma: Deus de nossos pais, que vosso nome seja bendito. Vós, que depois de vos irardes, usais de misericórdia, e no meio da tribulação perdoais os pecados aos que vos invocam. Volto-me para vós, ó Senhor; para vós levanto os meus olhos.Rogo-vos, Senhor, que me livreis dos laços deste opróbrio, ou então que me tireis de sobre a terra! Vós sabeis que eu nunca desejei homem algum, e que guardei minha alma pura de todo o mau desejo. Nunca freqüentei lugares de prazer nem tive comércio com pessoas levianas. E se consenti em casar-me, foi por vosso temor e não por paixão. Foi, sem dúvida, porque eu não era digna deles; ou talvez não eram eles dignos de mim; ou então me destinastes a outro homem. Não está nas mãos do homem penetrar os vossos desígnios. Mas todo aquele que vos honra tem a certeza de que sua vida, se for provada, será coroada; que depois da tribulação haverá a libertação, e que, se houver castigo, haverá também acesso à vossa misericórdia. Porque vós não vos comprazeis em nossa perda: após a tempestade, mandais a bonança; depois das lágrimas e dos gemidos, derramais a alegria. Ó Deus de Israel, que o vosso nome seja eternamente bendito!”
Encanta-me a oração de Sara, a oração das lágrimas, a oração dos corações sofridos e amargurados, que Deus nos assegura através de sua Santa Palavra que Ele, o Senhor Onipotente, ouvirá. Ouve Sara de Tobias e a livra do mal que a persegue, restitui-lhe a vida e a dignidade, tira de seus ombros o peso que a sufocava. Envia lhe seu anjo e lhe traz a cura.
A oração é isso antes de tudo, o derramar-se na presença Onipotente de Deus, reconhecendo, diante dele a nossa insignificância, reconhecendo que para nós não há outro refúgio se não Ele. Quando Sara foi ultrajada por suas empregadas, poderia agir com fúria, castigar as empregadas, exigir uma atitude de seu pai, mas ela não teve forças, ficou perdida, porque sabia que aquela de fato era a sua ferida e que esta ferida estava aberta. Perdeu-se em sua dor, sentiu-se depressiva, como tantos se sentem hoje. Mas a resposta de Sara foi as lágrimas, não as lágrimas sem consolo, e sim aquelas que são derramamentos na presença de Deus, o expor-se ao criador, àquele que nos fez, e que nos tornou dignos, pelo sangue de Cristo, de sermos chamados de seus filhos. Talvez por isso, Deus sempre ouve a oração das lágrimas, porque Ele mais que ninguém deseja ver nos restaurados. Nem sempre Deus faz o que lhe pedimos, mas na sua infinita sabedoria, faz o melhor. Sara pediu a morte e Deus lhe deu a vida. Uma vida nova e abundante, deu-lhe esposo e filhos, um lar.
Precisamos, hoje mais que nunca aprender a orar com Sara, confiar em Deus, expor-lhe nossa dor, saber que Ele e só Ele é capaz de nos curar, nos restaurar e nos dar nova vida. Façamos a experiência dessa oração. Toda nossa dor, pequena ou grande, precisa ser partilhada com nosso Senhor. Voltemo-nos as lágrimas, elas não são de modo algum sinal de fraqueza, elas são sim, quando choradas na presença de Deus a força e o soerguimento. Deixemo-nos ser curados e envolvidos no amor de Deus.
Me encanta a oração de Sara, pois para mim, orar é sinônimo de lágrimas. Quantas vezes choro na presença de Deus por meus pecados, minhas fraquezas, porque meu amor é ainda tão imperfeito, pelo mal que faço, pelo bem que queria fazer e que não fiz. Choro quando o infinito amor de Deus me visita e, como é bom levantar-me, depois da oração das lágrimas. Porque sei que como a mulher pecadora, lavei os pés de Jesus com minhas lágrimas e o perfumei com o bálsamo do meu amor que embora imperfeito, é o amor da gratidão. Um coração que chora por não corresponder a Deus com grandeza mas, que se consola por saber que Ele é o Deus dos pequeninos.
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