DIFICULDADES NA CASTIDADE
DIFICULDADES NA CASTIDADE
Não poucos casais que vivem um namoro santo, hora ou outra, passam por dificuldades carnais.
Isso acontece pela própria natureza de nossa carne. A afinidade, o amor, a paixão em algum momento, talvez até de tensão ou ansiedade por problemas cotidianos, podem desencadear desejos carnais, que colocarão os casais em “saias justas”!
Mas e aí? O que fazer perante isso?
Para quem realmente quer ser santos e conduzir o outro à santidade, tais sensações e tais desejos são verdadeiros martírios e o sentimento de culpa, de sujeira, de decepção consigo mesmo são inevitáveis.
Porém digo, o que uma pessoa cheia de Deus me falou quando eu passei por maus bocados no namoro, numa época atrás: “se vocês se amam e já têm um tempo que se conhecem, dividem experiências, estranho seria se vocês não sentissem desejo um pelo outro. É normal sentir desejos. Nossa missão é não deixarmos nos dominar por eles para não ter como resultado a queda!” Sandro Arquejada, CN.
Nesta época, eu havia sentido algo que eu nunca havia sentido na minha vida, um desejo que eu nunca tinha tido antes, e para mim além do susto, foi muito penoso. Eu me punia a ponto de querer me agredir fisicamente, me bater, amenizar um pouco aquele sentimento de culpa. O tempo todo eu sentia nojo de mim e com isso me afastei do meu namorado (hoje noivo), vivia estressada dentro de casa, tinha vergonha de elevar meus olhos a Deus e entrei num estado de raiva pessoal muito grande, até que entrei na internet e comecei a procurar no site da Canção Nova matérias sobre namoro, e numa que me foi muito útil, enviei uma resposta - e-mail, e o Sandro Arquejada, autor da matéria, por graça divina, me respondeu afetuosamente e me aconselhou.
Com isso aprendi que não é por vivermos a castidade que não vamos sentir nada. Somos seres sexuados, nossa natureza nos conduz à união de corpos, mas aí está o bonito de viver a castidade e de sermos não apenas criaturas, mas filhos de Deus: podemos optar a irmos além da natureza da carne e podemos escolher ser mais divinos. A carne nos chama aos desejos, mas o espírito nos chama a graça.
Depois disso, comecei a ler mais sobre namoro, sobre a sexualidade em si, e sentamos, nós dois, conversamos sobre o assunto e conseguimos superar juntos esta fase.
É importante para o casal que tem vivido tais dramas, conversarem sobre o assunto, de forma sadia e sóbria. Sem exageros expor os objetivos e estabelecer limites. As tentações não são eternas. Seus desejos não são maiores que seu controle. Você pode controla-los e supera-los, mas é importante que entendam o que está acontecendo com vocês. Quanto mais escondermos o problema, maior ele fica. Quando colocamos tudo à luz do Espírito Santo fica mais fácil de ser resolvido. Nada que fica no escuro é capaz de se resolver, menos ainda sozinho.
Então o que aconselho? Como disse, conversem, exponham o objetivo de vida de vocês (a castidade) e estabeleça limites. Estes limites variam de casais para casais. Para alguns é pedra de tropeço os beijos, os abraços, ficarem sozinhos, carícias, um tipo de roupa, etc. Cada casal deve analisar o que têm desencadeado tais desejos. Segunda sugestão é se informarem sobre o namoro. Lêem livros católicos que os ajudarão a terem mais controle neste namoro, leiam matérias, bons textos, assistam palestras que os edificarão...
Outra coisa é se confessarem, procurem auxílio na Igreja. A Igreja é o hospital que cura nossas feridas. Se sua consciência te condenou, procure a confissão e se lave na misericórdia de Deus. Comunguem, rezem juntos, se policiem, e tenham paciência consigo mesmos. A falta de amor para conosco mesmos nos afasta do amor a Deus e ao próximo. Se perdoe a si próprios. E a mesma misericórdia que vocês dispõem para os outros, disponham a si mesmos! Deus ama os que assumem os erros e se propõem a ser mais santos. Ele não deixou de te amar por tal descuido. Se ame também!
Contudo, como diz no Cerco de Jericó: “não há muralhas que o Senhor não possa derrubar!” Confie Nele, acredite em si e na história de vocês e sejam santos! Ele está com vocês!
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A CASTIDADE ENTRE OS JOVENS
A castidade tem pouco a ver com não fazer sexo. Castidade não é, como muitos pensam, não fazer sexo. Por exemplo, um casal que recebeu o Sacramento do Matrimônio também deve ser casto. Já uma pessoa que não é virgem e só pensa em sexo, busca fazer sexo toda hora, vê pornografia, pratica onanismo (masturbação), alimenta pensamentos e olhares impuro, ao contrário que muitos possam pensar, não é casta – ela só não faz sexo, mas não por amor a Deus, ao seu corpo e ao corpo do próximo, mas sim porque não conseguiu ninguém para fazer sexo com ela.
A castidade não está intrinsecamente ligada à virgindade, mas sim à pureza. Não adianta nada a pessoa não ter relações sexuais mas ver pornografia, ficar de agarração com outra pessoa, seja namorada(o) ou não, consentir em desejos, pensamentos e olhares impuros. Isso não é ser casto. A pessoa que assim age está em pecado mortal tanto quanto àquela que pratica fornicação.
Se você não é mais virgem, não há problema, você ainda pode e deve ser casto. Se você é casado(a), você também é chamado a viver a castidade em sua vida conjugal. Todos nós somos chamados à castidade – basta ter coragem e aceitar, por amor a Deus, ao seu corpo, que é templo do Espírito santo, e ao corpo do seu próximo, que também é templo do Espírito Santo.
Se queres ser feliz, sê casto – diz Santo Agostinho de Hipona, bispo e doutor da Santa Igreja, que, antes de se converter, viveu em todos os tipos de impurezas. Se ele pôde ser santo e casto depois de ter vivido imerso na impureza, na vida pecaminosa, você também pode. Basta querer e pedir, com humidade, o auxílio dos céus, que prontamente será atendido, pois, como diz Santo Afonso Maria de Ligório: A castidade é uma virtude que não podemos praticar se Deus no-la não concede. Deus, porém, só a concede aos que a pedem.
Os meio para alcançar a graça da castidade, São Felipe Néri nos indica: A devoção ao Santíssimo Sacramento e a devoção à Santa Mãe não são apenas o melhor caminho, mas na verdade são o único caminho para manter a pureza. Na idade de 20 anos, nada além da comunhão pode manter um coração puro. A castidade não é possível sem a Eucaristia.
Por fim, além desses dois meios preciosíssimos e fundamentais que nos indica São Felipe Néri, não posso esquecer, é claro, do valiosíssimo conselho de São Carlos Borromeu: A vigilância constante. Pois, como ele diz: É impossível que te conserves casto, se não vigiares continuamente sobre ti mesmo, pois a negligência traz consigo mui facilmente a perda da castidade.
Creditos na Imagem Via Página Namoro Católico.: https://www.facebook.com/profile.php?id=100064506287447
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