MÊS DE JUNHO DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA, DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS E IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA, DA SANTÍSSIMA TRINDADE, CORPUS CHRISTI, SÃO JOÃO BATISTA, SÃO PEDRO E SÃO PAULO:
FESTIVIDADES CATÓLICAS DO MÊS DE JUNHO:
Santo Antônio de Pádua (Itália) ou Lisboa (Portugal). *1195 - +1231
Seu nome de batismo é Fernando de Burlhões. Nasceu em Lisboa, Portugal, por volta do dia 15 de agosto de 1195, no seio de uma nobre família. Com 15 anos, entra para a Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Preparou-se para o sacerdócio no mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra. Sendo ordenado sacerdote, com 24 anos de idade, foi encaminhado à carreira de filósofo e teólogo. Mas, desejava uma vida religiosa mais severa. A reviravolta deu-se em 1220, quando chegaram à igreja de Santa Cruz os restos mortais de cinco missionários franciscanos, torturados e assassinados em Marrocos.
Da regra agostiniana à regra franciscana:
Fernando decidiu deixar os Cônegos agostinianos para seguir as pegadas de São Francisco de Assis; escolheu ser chamado Antônio, para imitar o santo anacoreta egípcio. Amadureceu um forte impulso à missão e, seguindo este ideal, partiu para o Marrocos. Porém, contraiu uma doença e foi obrigado a um repouso forçado, sem poder pregar. Não teve outra opção a não ser ir para a Itália. No entanto, o navio no qual embarcou, naufragou no golfo da Sicília. Tendo-se restabelecido, em 1221, foi parar em Assis, onde Francisco havia convocado todos os seus frades. Esta foi uma ocasião propícia para conhecê-lo pessoalmente, não obstante tenha sido um encontro simples. Revigorando sua escolha de seguir a Cristo, na fraternidade Franciscana, Antônio foi enviado ao eremitério de Montepaolo, na Romanha. Ali, dedicou-se, sobretudo, à oração, meditação, penitência e trabalhos humildes.
Antônio pregador:
Em setembro de 1222, Antônio foi enviado a fazer pregação em Forlì, onde revelou seu talento. Das suas palavras emergiram uma profunda cultura bíblica e simplicidade de expressão. A Assidua, a primeira biografia de Santo Antônio, narra: “A sua língua, movida pelo Espírito Santo, começou a raciocinar sobre muitos assuntos, com ponderação, de modo claro e conciso”. Desde então, Antônio começou a percorrer o norte da Itália e o sul da França, pregando o Evangelho aos povos e povoados, muitas vezes confusos pelas heresias do tempo, sem poupar críticas contra a decadência moral de alguns expoentes da Igreja. No ano seguinte, em Bolonha, foi mestre de Teologia para os frades que se formavam. Foi o próprio Francisco que, com uma carta, conferiu-lhe este encargo, autorizando-o a ensinar e recomendando-lhe também a não se descuidar da oração.
A escolha de Pádua:
Pelos seus talentos, que Antônio demonstra saber colocar ao serviço do Reino de Deus, com 32 anos foi nomeado superior das Fraternidades franciscanas do norte da Itália. Ao cumprir tal função, visitou, incansavelmente, os numerosos Conventos, sob a sua jurisdição, e abriu outros. No entanto, continuou a atrair grandes multidões com suas pregações, transcorrendo diversas horas no confessionário e a reservar, para si, momentos de retiro em solidão. Decidiu estabelecer-se em Pádua, junto à pequena comunidade franciscana da igreja de Santa Maria Mater Domini. Não obstante a sua pouca presença, instaurou com a cidade um forte ligação, prodigalizando em prol dos pobres e contra as injustiças. Precisamente em Pádua, teriam sido escritos os Sermones, um tratado para instruir os coirmãos à pregação do Evangelho e ao preceito dos Sacramentos, sobretudo, da penitência e da Eucaristia.
A pregação da Quaresma, em 1231, é considerada seu testamento espiritual, à qual se deve incluir a sua dedicação amorosa, por horas e horas, às confissões. Após as celebrações pascais, abatido por problemas de saúde e consumido pela fadiga, Antônio aceitou retirar-se por um período de convalescença; depois, com alguns coirmãos, aceitou o convite de um período de descanso e de meditação em um pequeno eremitério, em Camposampiero, a poucos quilômetros de Pádua. Pediu que lhe fosse adaptado um simples refúgio sobre uma grande nogueira, onde transcorrer os dias em contemplação e em contato com a gente humilde da periferia do campo, voltando para o eremitério só à noite. Ali, deu-se a visão do Menino Jesus.
No dia 13 de junho, Antônio sentiu-se mal; entendendo que a sua hora se aproximava, pediu para morrer em Pádua. Foi transportando por um carro de boi, mas, ao chegar à Arcella, um bairro às portas da cidade, expirou murmurando: “Vejo o meu Senhor!”.
Reconhecido pela influência de Santo Agostinho, Antônio conjugou, de modo original, mente e coração, pesquisa teórica, prática das virtudes, estudo e oração. Doutor da Igreja, Santo Antônio é simplesmente chamado em Pádua como “o Santo”.
Fonte Via Vatican News.: https://www.vaticannews.va
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De onde Vem a Devoção ao Sagrado Coração de Jesus (27-06)
Faltam poucos dias para a festa do Sagrado Coração de Jesus e muitos fiéis se perguntam como e onde se originou esta tradição.
História da devoção ao Sagrado Coração de Jesus:
A devoção ao coração ferido de Jesus se origina no século XI, quando cristãos piedosos meditavam sobre as cinco feridas de Jesus na cruz.
Naquela época, as orações ao Sagrado Coração, à ferida no ombro de Jesus, entre outras devoções privadas, cresciam entre os fiéis. Todas elas ajudaram os cristãos a meditar sobre a paixão, aumentando assim o amor ao Senhor Jesus.
Foi somente em 1670 que o padre francês Jean Eudes celebrou a primeira festa do Sagrado Coração de Jesus.
Na mesma época, uma religiosa conhecida por sua piedade, Irmã Margarita Maria Alacoque, começou a relatar suas visões de Jesus, que lhe apareceu com frequência. Em dezembro de 1673, o Senhor permitiu-lhe, como já havia permitido a Santa Gertrudes, descansar sua cabeça sobre o seu coração.
Enquanto ela experimentava o conforto da sua presença, Jesus falou-lhe do seu grande amor e lhe explicou que a tinha escolhido para fazer conhecer o seu amor e a sua bondade à humanidade.
No ano seguinte, em junho ou julho de 1674, Margarida Maria relatou que Jesus queria ser homenageado com a imagem de Seu coração de carne. Ele pediu aos fiéis que O recebessem com frequência na Eucaristia, especialmente na primeira sexta-feira de cada mês, e que praticassem uma hora sagrada de devoção.
Em 1675, durante a oitava de Corpus Christi, Margarita Maria teve uma visão que, mais tarde, ficou conhecida como a “grande aparição”.
Nela, o Senhor Jesus pediu que a festa do Sagrado Coração fosse celebrada todos os anos na sexta-feira seguinte ao Corpus Christi, em reparação pela ingratidão dos homens para com o Seu sacrifício redentor na cruz.
A devoção tornou-se popular após a morte de Santa Margarida Maria, em 1690. No entanto, como a Igreja sempre tem o cuidado de aprovar uma aparição ou devoção particular, o feriado só foi estabelecido oficialmente na França em 1765.
Em 8 de maio de 1873, a devoção ao Sagrado Coração foi formalmente aprovada pelo papa Pio IX.
26 anos depois, em 21 de julho de 1899, o papa Leão XIII recomendou, com urgência, que todos os bispos do mundo celebrassem a festa em suas dioceses.
O papa Leão aprovou as seguintes indulgências para a devoção:
• Pelo cumprimento da devoção pública ou privada, sete anos e sete quarentenas (a remissão da pena temporária equivalente ao que seria concedido por quarenta dias de penitência) a cada dia.
• Se a devoção for praticada diariamente em privado, ou se uma pessoa comparecer a uma função pública pelo menos dez vezes, uma indulgência plenária (remissão de todas as penas temporárias pelos pecados) em qualquer dia de junho ou entre 1 e 8 de julho (de acordo com o decreto Urbis et Orbis, de 30 de maio de 1992).
• A indulgência 'toties quoties' (para as almas do purgatório) pode ser conquistada no dia 30 de junho ou no último domingo de junho nas igrejas onde se celebra o mês de junho solenemente.
• Aos sacerdotes que pregam os sermões nas solenes celebrações do mês de junho em homenagem ao Sagrado Coração, e aos reitores das igrejas onde se realizam estas cerimônias, o privilégio do Altar Gregoriano no dia 30 de junho.
• Uma indulgência plenária para cada comunhão do mês de junho e para aqueles que promovem a celebração solene do mês de junho.
Fonte ACI Digital. web.acidigital.com
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Origem da devoção ao Imaculado Coração de Maria (28-06)

A revelação da devoção reparadora ao Imaculado Coração começou na segunda aparição da Santíssima Virgem Maria, que se deu em 13 de junho de 1917, em Fátima, Portugal, aos pastorinhos: Lúcia, Francisco e Jacinta. A Virgem Maria disse à pequena Lúcia, a mais velha dos três pastorinhos: “Ele (Jesus) quer estabelecer no mundo a devoção do meu Imaculado Coração”1. Logo após ouvir essas palavras, os pastorezinhos viram Nossa Senhora com um coração na mão, cercado de espinhos. As três crianças compreenderam que aquele era o Coração Imaculado da Santíssima Virgem, ofendido pelos pecados da humanidade, que necessitavam de reparação.
Na aparição seguinte, no dia 13 de julho, Nossa Senhora concedeu às três crianças uma experiência extraordinária! Elas viram, no Inferno, os demônios e as almas dos condenados, que gritavam e gemiam de dor e desespero. Depois de dar-lhes essa visão assustadora, disse aos pastorinhos: “Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores; para salvá-las, Deus quer estabelecer no mundo a devoção a Meu Imaculado Coração”2. No entanto, a Virgem não revelou como deveríamos fazer essa reparação, mas disse que voltaria para pedir essa devoção reparadora.
Sete anos depois, no dia 10 de dezembro de 1925, em Pontevedra, na Espanha, a Santíssima Virgem revelou à então postulante Lúcia a devoção reparadora dos cinco primeiros sábados. Entretanto, somente dois anos mais tarde, em dezembro de 1927, por ordem de seu confessor, Lúcia deu a conhecer as palavras de Nossa Senhora: “Olha, minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos, que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar, e dize que todos aqueles que, durante cinco meses, no primeiro sábado, confessarem-se, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço, e Me fizerem quinze minutos de companhia, meditando nos quinze mistérios do Rosário, com o fim de me desagravar, Eu prometo assistir-lhes, na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas”
Nossa Comunidade tem Maria como Mãe e protetora e está em nossa Regra de Vida que diz o seguinte “A pureza do Coração de Maria me envolvera para sempre! Mesmo alem dos compromissos que eu assuma por tempos definidos, quero ser sempre dependente da Ssma. Virgem, honrando seu Imaculado Coração que – como Ela mesma garantiu em Medjugorje e Fátima – no fim Triunfará!
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Igreja Doutrina Espiritualidade Santíssima Trindade, Mistério de Comunhão (15-06)
Ao iniciarmos esta reflexão acerca da Santíssima Trindade (Pai Criador, Filho Redentor e Espírito Santo Santificador), como mistério de comunhão, precisamos ter presente o conceito da relação perene de amor, que estabelece e sustenta essa comunhão. Tendo por referência essa relação, partimos do pressuposto de que a divina comunhão se apresenta como o modelo ideal da sociedade humana, da Igreja e de toda a comunidade humana e religiosa.
A Trindade é o sentido e a missão da Igreja, sacramento da unidade do gênero humano. Unidade da Trindade, pois a Igreja é reunida pela unidade da Trindade! Essa relação de amor, em vista da vivência da comunhão, revela-se para nós como fundamento e estímulo da prática da caridade fraterna e do apostolado. “Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou” (Gn 1, 27-28a). Já que o ser humano foi criado à imagem e semelhança divina, ou seja, criado à imagem e semelhança do Amor, tendo por fundamento e exigência essa verdade da Sagrada Escritura, devemos corresponder a essa participação na comunhão da Trindade com atitudes de transbordamento de amor.
Santíssima Trindade, Mistério de Comunhão:
A comunhão entre as Pessoas da Santíssima Trindade é comunicada ao homem pelo dom do Espírito Santo
Superar as divisões, competições e as demais concupiscências humanas, que a sociedade vigente constantemente apresenta como padrão de comportamento e meta de vida, constitui o grande desafio do homem na atualidade. Trilhar um dinâmico caminho de conversão e arrependimento que o coloque numa permanente atitude de abertura amorosa é uma necessidade vital.
A comunhão exige uma saudável e madura relação entre as individualidades de cada pessoa, pois a comunhão, na verdade, não significa aniquilamento da individualidade, mas enriquecimento dela à luz do amor verdadeiro, que harmoniza e equilibra as diferenças. Quando a pessoa busca se autoafirmar no egoísmo e individualismo, tendo o outro como mero instrumento dos seus interesses ou algo descartável, não existe comunhão, e sim exploração e instrumentalização do outro. A comunhão tem por base a liberdade e a complementariedade, onde brota o chamado a viver a doação de si mesmo e o acolhimento do outro numa mútua relação.
Comunhão plena:
O mistério trinitário não é uma teoria de termos complexos, um enigma ou uma mera formalidade teológica, mas plenitude de vida. Não se entende a Trindade, porque é difícil imaginar como é possível amar tanto e doar-se na totalidade. O Deus-Amor é único e, ao mesmo tempo, trino, na medida em que isso é necessário para a perfeita comunhão de vida.
A comunhão plena de vida é o objetivo e a meta para onde tudo se encaminha. Para viver a dinâmica santificante da comunhão não basta fazer parte de um grupo de pessoas que vivem conjuntamente, nem mesmo ter os mesmos objetivos, pois, mesmo assim, os interesses ainda podem ser individualistas. A vivência da comunhão, cujo modelo é a Trindade Santa, exige amar como Jesus ama, um amor de gratuidade e doação.
A comunhão gera compromisso:
O mandato de Cristo é nítido para todos os que anseiam pela comunhão verdadeira: “Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13, 34-35). Nesta dimensão, encontramos também a missão evangelizadora da Igreja em um dos seus fundamentos mais importantes que é o amor. A comunhão é concreta, deixando de ser verbalização quando o compromisso prático do amor é concreto e transformador.
A comunhão entre as Pessoas da Santíssima Trindade é comunicada ao homem pelo dom do Espírito Santo, que estabelece a Nova e Eterna Aliança. Anteriormente, tínhamos a afirmação: “Sereis o meu povo, e Eu o vosso Deus” (Jr 30,22); agora, temos a plenitude da graça: “(…) Conhecereis que estou em meu Pai, vós em mim e eu em vós. Se alguém me ama, guardará a minha Palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada” (Jo 14, 20.23). Aqui, temos claramente o princípio base de que a relação entre nós e Jesus manifesta e continua as relações trinitárias.
Contar com a graça:
Peçamos à Santíssima Trindade o dom da comunhão. O dom é graça de Deus, força do Alto que atua rompendo as barreiras e divisões, tendo em vista transformar os muros em pontes. Deixemos que o Espírito Santo nos convença e impulsione nas decisões e atitudes que fecundam, fazem florescer e frutificam a comunhão na Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Conscientes de que o amor vivido e continuamente experimentado em nosso meio testemunha ao mundo a salvação e a paz, estabeleceremos e construiremos o Reino de Deus entre nós. Que o Deus da esperança vos cumule de todo bem e, abençoando-vos, faça acontecer em vós, e por meio de vós, a comunhão que revela a face redentora e salvífica de Cristo Jesus! Amém!
Padre Eliano Luiz Gonçalves
Fonte Formação Canção Nova, Cachoeira Paulista, Diocese de Lorena SP.: https://www.formacao.cancaonova.com
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Solenidade de Corpus Corpus Christi (19-06)
História da Solenidade de Corpus Christi
A Festa de Corpus Christi surgiu em Liége, Bélgica, no seculo XII: um Movimento Eucarístico na Abadia de Cornillon fundada em 1124 pelo Bispo Albero de Liege.
Mons. André Sampaio
A Festa de “Corpus Christi” é a celebração em que solenemente a Igreja comemora o Santíssimo Sacramento da Eucaristia; sendo o único dia do ano que o Santíssimo Sacramento sai em procissão às nossas ruas. Nesta festa os fiéis agradecem e louvam a Deus pelo inestimável dom da Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como alimento e remédio de nossa alma. A Eucaristia é fonte e centro de toda a vida cristã. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, o próprio Cristo.
A Festa de Corpus Christi surgiu em Liége, Bélgica, no seculo XII: um Movimento Eucarístico na Abadia de Cornillon fundada em 1124 pelo Bispo Albero de Liege.
Santa Juliana de Monte Cornillon, (ou Juliana de Liége) naquela época superiora da Abadia, foi a enviada de Deus para propiciar esta maravilhosa Festa de Corpus Christi.
Santa Juliana de Liege sempre teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. E esperava que tivesse uma festa especial em sua honra. Este desejo se diz ter intensificado por uma visão que teve da Igreja sob a aparência de lua cheia com uma mancha negra, que significada a ausência dessa solenidade.
Juliana comunicou estas aparições ao bispo de Liege, também ao doutor Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos e Jacques Pantaleon, nessa época arquidiácono de Liege, mais tarde o Papa Urbano IV.
O Papa Urbano IV, naquela época, tinha a corte em Orvieto, um pouco ao norte de Roma. Muito perto desta localidade está Bolsena, onde em 1263 ou 1264 aconteceu o Milagre de Bolsena: um sacerdote que celebrava a Santa Missa teve dúvidas de que a Consagração fosse algo real., no momento de partir a Sagrada Forma, viu sair dela sangue do qual foi se empapando em seguida o corporal. A venerada relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 junho de 1264. Hoje se conservam os corporais -onde se apoia o cálice e a patena durante a Missa- em Orvieto, e também se pode ver a pedra do altar em Bolsena, manchada de sangue.
O Santo Padre movido pelo prodígio, e a petição de vários bispos, faz com que se estenda a festa do Corpus Christi a toda a Igreja por meio da bula "Transiturus" de 8 setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes e outorgando muitas indulgências a todos que assistirem a Santa Missa e o ofício.
A morte do Papa Urbano IV (em 2 de outubro de 1264), um pouco depois da publicação do decreto, prejudicou a difusão da festa. Mas o seguinte Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no Concílio Geral de Viena (1311), ordenou mais uma vez a adoção desta festa. Em 1317 é promulgada uma recopilação de leis, por João XXII, e assim a festa é estendida a toda a Igreja.
Após a Missa de Corpus Christi se faz a Procissão Eucarística. Estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV. Com toda a honra possível ao Rei Jesus.
Finalmente, o Concílio de Trento (em 1.500) declara que:...seja celebrado este excelso e venerável sacramento com singular veneração e solenidade; e reverente e honradamente seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos. Assim nasceu esta maravilhosa Solenidade de Corpus Christi.
Fonte Vatican News: https://www.vsticannews.va
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Natividade De São João Batista (24-06)
A Igreja celebra, hoje, a solenidade da Natividade de São João Batista e, dia 29 de agosto, celebrará a memória do seu martírio. Não há nenhum outro santo do qual a Igreja celebra os dois acontecimentos; celebra, geralmente, apenas o "nascimento para o céu", exceto, é claro, o caso de Jesus, Filho de Deus (Natal e Sexta-feira Santa) e da Virgem Maria (8 de setembro e 15 de agosto). No fundo, o próprio Jesus disse: “Em verdade vos digo que entre os nascidos de mulher não há ninguém maior do que João Batista” (Mt 11,11): o último dos grandes Profetas de Israel, o primeiro a dar testemunho de Jesus e a iniciar o batismo para o perdão dos pecados; neste contexto, ele batizou Jesus; e foi mártir em defesa da lei Judaica. No século IV, já havia celebrações litúrgicas sobre João Batista, em datas diferentes. A sua data (24 de junho) foi estabelecida com base no texto de Lucas 1,36, quando diz que Isabel já estava “no sexto mês, ela, que todos diziam, que era estéril”. Logo, seis meses antes do Natal. Desde o século VI, esta festa é precedida por uma vigília
«Completando-se para Isabel o tempo de dar à luz, teve um filho. Os seus vizinhos e parentes souberam que o Senhor lhe manifestara a sua misericórdia e se congratulavam com ela. No oitavo dia, foram circuncidar o menino e o queriam chamar pelo nome de seu pai, Zacarias. Mas, sua mãe interveio: “Não” – disse ela – “ele se chamará João”. Replicaram-lhe: “Não há ninguém na tua família que se chame por este nome”. E perguntavam por acenos ao seu pai como queria que se chamasse. Ele, pedindo uma tabuinha, escreveu nela as palavras: “João é o seu nome”. Todos ficaram pasmados. E logo se lhe abriu a boca e soltou-se sua língua e ele falou, bendizendo a Deus. O temor apoderou-se de todos os seus vizinhos; o fato divulgou-se por todas as montanhas da Judeia. Todos os que o ouviam o conservavam no coração, dizendo: “Que será este menino?”. Porque a mão do Senhor estava com ele» (Lc 1, 57-66).
Estupor:
As pessoas ficaram maravilhadas diante daquela criança, mas também diante daquele casal estéril, que, em idade avançada, deu à luz um filho: uma maravilha iluminada pela fé, tanto que “conservavam” no coração o que ouviram e viram, e louvavam a Deus; uma maravilha acompanhada pela consciência de que não entendiam tudo: “Quem seria aquele menino?”. Uma pergunta legítima, mesmo porque onde tudo é compreensível, não dependeria de Deus!
“O acontecimento do nascimento é circundado por uma alegre sensação de estupor, surpresa, gratidão. O povo fiel intuía que tinha acontecido algo de grande, mesmo se humilde e oculto: o povo era capaz de viver a fé com alegria, com sensação de admiração, de surpresa ... Eu sinto uma sensação de estupor, quando vejo as obras do Senhor, quando ouço falar de evangelização ou da vida de um santo…? Consigo sentir as consolações do Espírito ou fico fechado?" (Papa Francisco, 24 de junho de 2018).
Nome:
Os que tinham ido participar da circuncisão, queriam colocar o nome do seu pai, Zacarias. Mas, quem interveio, caso muito raro, foi Isabel, que disse João. Era o nome que o próprio Deus havia indicado por meio do anjo: “Não temas, Zacarias, porque a tua oração foi atendida: Isabel, tua esposa, vai dar-te um filho e tu o chamarás João" (Lc 1,13). Zacarias havia começado mal com Deus, demonstrando a sua incredulidade, que o levou a ficar mudo. Agora, obedecendo ao que Deus lhe havia pedido - para chamar João - começava uma nova história.
Oportunidades:
O texto explica o que aconteceu: uma mulher idosa e estéril dá à luz um filho; um homem mudo começa a falar. Trata-se de dois sinais que indicam que, onde as coisas parecem impossíveis, Deus tem sempre alguma possibilidade oculta, como diz o profeta Isaías: "Eis que estou fazendo uma coisa nova, que está começando: não percebes?" (Is 43,19).
Fonte Via Vatican News: https: www.vaticannews.va
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Espiritualidade Devoção Solenidade de São Pedro e São Paulo (29-06)
São Pedro e São Paulo, Dia Dedicado a Esses Dois Santos
A grande festa de São Pedro e São Paulo foi instituída no século IV antes mesmo da definida data do Natal, e de costume rezam-se três Missas: A primeira na basílica São Pedro no Vaticano, a segunda na basílica de São Paulo e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos santos tiveram por um tempo escondidas.
Solenidade de São Pedro e São Paulo:
Na Igreja do Brasil esta solenidade celebraremos no próximo domingo, onde coincidirá com o dia do Papa, por isso naquele dia partilharemos sobre a vida de São Pedro, e hoje vamos discorrer sobre a outra coluna da Igreja primitiva:
São Paulo: Nascido em Tarso da Cicília possuía um nome judeu Saulo e outro romano Paulo, e este que era cidadão romano foi para Jerusalém onde recebeu sólida formação nas Sagradas Escritura e no cumprimento da Lei, ao ponto de tornar-se um fariseu modelo. Antes de perseguidor dos cristão Paulo era um perseguido por Jesus Cristo, por isso foi alcançado pelo Senhor quando caiu do cavalo e começou a encontrar progressivamente sua vocação de: ‘Servo de Deus, apóstolo de Jesus Cristo para levar os eleitos de Deus à fé e ao conhecimento da verdade’ ( Tt 1,1 ). São Paulo a partir de Antioquia na Síria foi quem, com Barnabé, realizou três grandes expedições missionárias objetivo de anunciar a Boa Nova para os gentios, além de visitar e firmar suas Comunidades ora pessoalmente, ora com suas cartas pastorais, isto como uma perseverante luta por causa de Jesus e a Igreja; foi ele mesmo quem testemunhou antes de seu martírio por decapitação em 67 em Roma: ‘Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé’ ( 2Tm 4, 7).
São Pedro e Paulo… rogai por nós!
Via Formação Canção Nova, Cachoeira Paulista, Diocese de Lorena SP.: web.formacaocancaonova.com
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